247 – Há um consenso formado no Brasil. Os militares brasileiros nunca foram tão humilhados, em toda a sua história, como no governo de Jair Bolsonaro, que, aparentemente, tem como único projeto o fortalecimento das milícias. Segundo o porta-voz informal de Bolsonaro, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, os militares devem se contentar apenas com os empregos que receberam, sem ousar impedir que o governo prossiga na sua linha de destruição do Brasil.
Portanto, os militares hoje são prisioneiros de um desastre anunciado, que é o desgoverno Bolsonaro. Paradoxalmente, estão muito mais encarcerados do que o ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político há mais de um ano em Curitiba. Lula foi preso, como todos sabem, porque setores das Forças Armadas pressionaram o Supremo Tribunal Federal para que, desta forma, ele fosse impedido de disputar e vencer as eleições presidenciais de 2018.
No entanto, para quem assistiu as entrevistas recentes de Lula, aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior, Mônica Bergamo e Kennedy Alencar, o ex-presidente mostrou estar mais livre do que seus algozes. E ele pode ser o caminho para a libertação não apenas do Brasil – como dos próprios militares.
Este foi o eixo de uma entrevista concedida pelo historiador e empresário Carlos d'Incao, residente na cidade de Bauru (SP), à TV 247. "O Lula hoje está mais livre do que os militares, que estão presos ao Bolsonaro. E o Brasil está preso a um manicômio", disse ele. "Paradoxalmente, o Lula pode ser a chave para a libertação do Brasil", afirma.
Segundo o historiador, o Brasil, que vem tendo a economia, a educação, a ciência e a política externa destroçadas, não suportará um governo Bolsonaro até o fim. Ele também sustenta a tese de que o vice Hamilton Mourão não implantará uma ditadura no Brasil e só terá legitimidade se abrir canais de diálogo com as forças sociais, que, no Brasil, são lideradas pelo ex-presidente Lula
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