2.12.2010

NO CARNAVAL, CUIDADO COM A " EASY DATE" QUE RESULTAM EM ABORDAGEM SEXUAL E ROUBOS.

Criminosos usam medicamentos para dar golpes no Carnaval
O Carnaval é uma festividade que se caracteriza pela folia e pela alegria. Muitas vezes, na ânsia de alcançar os limites da diversão, as pessoas se tornam mais vulneráveis a certos golpes que resultam em abordagem sexual ou roubos. Essa modalidade de crime, genericamente batizada de Criminosos usam medicamentos para dar golpes no Carnaval

O Carnaval é uma festividade que se caracteriza pela folia e pela alegria. Muitas vezes, na ânsia de alcançar os limites da diversão, as pessoas se tornam mais vulneráveis a certos golpes que resultam em abordagem sexual ou roubos. Essa modalidade de crime, genericamente batizada de “Easy Date”, costuma induzir as pessoas ao sono profundo, até coma e, em alguns casos, à amnésia e morte.

Segundo alerta o doutor Anthony Wong, chefe do Ceatox - Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança do HCFMUSP – o golpe costuma ser feito a partir da indução ao consumo de alguma substância química ou medicamentosa, que faz a vítima perder o controle de suas ações, tornando-se presa fácil de abuso sexual ou de roubo.

São vários os medicamentos utilizados. Flunitrazepam (Rohypnol), por exemplo, é geralmente misturado à bebida alcoólica para disfarçar seu gosto amargo e, em menos de trinta minutos, provoca sonolência, quase coma. Seu efeito é intenso e prolongado, normalmente de 48 horas. “Já tratamos pessoas que ficaram desacordadas durante 72 horas, o que traz riscos adicionais, pois nesse longo período a pessoa pode ficar desidratada ou ter hipoglicemia”, assinala Wong.

Outro medicamento muito utilizado é o Clonazepan, que, além de sonolência, pode provocar parada respiratória. O chefe do Ceatox lembra que essa droga já provocou diversas mortes. Tanto o Rohypnol quanto o Clonazepan podem ser adquiridos facilmente, o que aumenta o risco de ser utilizado com essa finalidade.

O Midazolan exige a apresentação de receita médica especial e sua ação é mais curta, cerca de duas horas. Seus efeitos provocam sono e amnésia. Ou seja, posteriormente a pessoa sequer vai lembrar do que lhe aconteceu. Consequência semelhante é conseguida pelo Zolpidem. Porém, este não exige receituário especial, o que torna sua aquisição fácil e provoca sono mais leve.

Ketamina é um anestésico, que alguns associam à bebida. Ele dá sonolência profunda e provoca a perda do controle, podendo levar à parada respiratória. Tem efeito semelhante ao ópio e muitas pessoas tornam-se viciadas, sem atentar para o risco de parada respiratória. GHB sintético tem sido muito utilizado para o estupro, pois sua ação, que inclui sono profundo e coma, dura mais de oito horas, e pode ser obtido de uma cola plástica.

A Escopolamina, que provoca amnésia e, embora a pessoa não durma, bloqueia a consciência do que está acontecendo, é outra substância química utilizada com o objetivo de manipular as vítimas. Por essa razão, segundo aconselha Anthony Wong, é fundamental ficar atento a esse risco e “jamais aceitar bebida de qualquer pessoa estranha, nem deixar seu copo fora de vista”. Além disso, uma medida preventiva é, sempre que possível, evitar sair sozinho.

Outro ingrediente de alto risco que, embora proibido, ainda é comum no Carnaval é o lança-perfume. O Dr. Wong lembra que ao aspirar esse produto o coração fica muito excitável. “Se misturado com outra droga ou estimulante, pode provocar arritmia cardíaca gravíssima, até fulminante”, explica. Ter consciência dos riscos que essas substâncias representam é uma medida importante para que as pessoas continuem associando o Carnaval unicamente ao lazer e à diversão.

costuma induzir as pessoas ao sono profundo, até coma e, em alguns casos, à amnésia e morte.

Segundo alerta o doutor Anthony Wong, chefe do Ceatox - Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança do HCFMUSP – o golpe costuma ser feito a partir da indução ao consumo de alguma substância química ou medicamentosa, que faz a vítima perder o controle de suas ações, tornando-se presa fácil de abuso sexual ou de roubo.

São vários os medicamentos utilizados. Flunitrazepam (Rohypnol), por exemplo, é geralmente misturado à bebida alcoólica para disfarçar seu gosto amargo e, em menos de trinta minutos, provoca sonolência, quase coma. Seu efeito é intenso e prolongado, normalmente de 48 horas. “Já tratamos pessoas que ficaram desacordadas durante 72 horas, o que traz riscos adicionais, pois nesse longo período a pessoa pode ficar desidratada ou ter hipoglicemia”, assinala Wong.

Outro medicamento muito utilizado é o Clonazepan, que, além de sonolência, pode provocar parada respiratória. O chefe do Ceatox lembra que essa droga já provocou diversas mortes. Tanto o Rohypnol quanto o Clonazepan podem ser adquiridos facilmente, o que aumenta o risco de ser utilizado com essa finalidade.

O Midazolan exige a apresentação de receita médica especial e sua ação é mais curta, cerca de duas horas. Seus efeitos provocam sono e amnésia. Ou seja, posteriormente a pessoa sequer vai lembrar do que lhe aconteceu. Consequência semelhante é conseguida pelo Zolpidem. Porém, este não exige receituário especial, o que torna sua aquisição fácil e provoca sono mais leve.

Ketamina é um anestésico, que alguns associam à bebida. Ele dá sonolência profunda e provoca a perda do controle, podendo levar à parada respiratória. Tem efeito semelhante ao ópio e muitas pessoas tornam-se viciadas, sem atentar para o risco de parada respiratória. GHB sintético tem sido muito utilizado para o estupro, pois sua ação, que inclui sono profundo e coma, dura mais de oito horas, e pode ser obtido de uma cola plástica.

A Escopolamina, que provoca amnésia e, embora a pessoa não durma, bloqueia a consciência do que está acontecendo, é outra substância química utilizada com o objetivo de manipular as vítimas.

Por essa razão, segundo aconselha Anthony Wong, é fundamental ficar atento a esse risco e “jamais aceitar bebida de qualquer pessoa estranha, nem deixar seu copo fora de vista”. Além disso, uma medida preventiva é, sempre que possível, evitar sair sozinho.

Outro ingrediente de alto risco que, embora proibido, ainda é comum no Carnaval é o lança-perfume.

Ao aspirar esse produto o coração fica muito excitável. “Se misturado com outra droga ou estimulante, pode provocar arritmia cardíaca gravíssima, até fulminante”.


Ter consciência dos riscos que essas substâncias representam é uma medida importante para que as pessoas continuem associando o Carnaval unicamente ao lazer e à diversão.

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