6.23.2010

GRIPE INFLUENZA A (H1N!): TESTES PRODUZIDO NA FIOCRUZ É MAIS BARATO E MELHOR QUE O TESTE IMPORTADO

Governo lança teste nacional para diagnóstico de gripe suína

O Brasil tem agora um teste totalmente nacional para diagnosticar a influenza A (H1N1) - gripe suína. O kit nacional foi lançado na tarde desta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o ministério, o teste vai custar R$ 45, cerca de 50% mais barato do que o teste que era importado pelo Brasil. O kit também reduz pela metade o tempo de análise - passando de 8h para 4h.
O primeiro lote deverá ter 30 mil testes que serão usados para detectar a doença em pacientes internados com suspeita da nova gripe. Em princípio, o teste vai ser distribuído para seis laboratórios públicos que hoje fazem o diagnóstico, localizados no Distrito Federal, no Paraná, na Bahia, no Rio de Janeiro, no Pará e em São Paulo.
Segundo o ministério, parte dos testes já foi enviada aos laboratórios, mas não se sabe quando todos serão entregues.
A meta é produzir 80 mil testes por mês - número suficiente para atender a demanda do país, segundo o ministério. O kit foi produzido em uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e institutos de biologia molecular e tecnologia do Paraná.

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

teste que acelera diagnóstico do
H1N1
Ministério da Saúde investiu R$3 milhões para a produção dos materiais.
Exame ficará 55% mais barato em relação ao uso de produtos importados.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (23), a produção de insumos (matéria-prima) próprios para a realização dos exames que vão diagnosticar a presença do vírus H1N1, causadores da gripe A.

A produção dos insumos brasileiros vai reduzir em até quatro horas o diagnóstico da nova gripe. Com os materiais importados, utilizados no ano passado durante o primeiro surto da doença, o diagnóstico podia demorar até oito horas para ser confirmado.

“Antes, tinha de esperar ao menos oito horas para o diagnóstico. Agora, com kit brasileiro, sai em quatro horas”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

A produção dos insumos utilizados na realização dos testes, foi fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto de Tecnologia do Paraná. O governo federal investiu cerca de R$ 3 milhões para o desenvolvimento da tecnologia.

De acordo com o ministro da Saúde, além de reduzir o tempo da confirmação da doença, a nova tecnologia será cerca de 55% mais barata em relação aos materiais importados. Nos primeiros meses, seis laboratórios estarão aptos a realizar os exames feitos com o uso da tecnologia brasileira. A antiga, importada, será mantida durante um período de experiência.

“No ano passado, tivemos muitas dificuldades para conseguir o reagente. Nós tínhamos recursos para comprar reagentes, mas não conseguimos comprar. Foi daí que surgiu a idéia de desenvolver um reagente ‘made Brasil’. Conseguimos desenvolver um insumo ‘made Brasil’ mais eficiente, mais barato e mais importante”, avalia o ministro.

De acordo com Temporão, os insumos poderão ser utilizados também para o diagnóstico de outras doenças como a dengue, a malária e a tuberculose, além do vírus H1N1.

“ É um teste mais seguro, mais eficiente. Essa nova plataforma vai poder ser usada também para o diagnósticos de outras doenças”.

O presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha, que no ano passado foi infectado pelo vírus H1N1, também reforçou que a demora na confirmação do diagnóstico será reduzida com o uso dos produtos brasileiros.

“A pesquisa, o esforço todo não está solto. Se dirige para a solução do problema. No ano passado eu tive H1N1, e naquele momento discutíamos a capacidade de diagnósticos, e aí percebemos o quanto era difícil. A rapidez no diagnóstico que era fundamental para salvar vidas. Nós passamos por situações extremamente tensas”, afirmou o presidente da fundação.