12.06.2010

FLUMINENSE: ETERNO AMOR



CAMPEÃO BRASILEIRO 2010


Ser Fluminense é entender esporte como bom gosto. É ser leal sem ser boboca e ser limpo sem ser ingênuo.
Ser Fluminense é aplicar o senso estético à vida e misturar as cores de modo certo, dosar a largura do grená, a profundidade do verde com as planuras do branco.
Ser Fluminense é saber pensar ao lado de sentir e emocionar-se com dignidade e discrição. É guardar modéstia, a disfarçar decisão, vontade e determinação. É calar o orgulho sem o perder. É reconhecer a qualidade alheia, aprimorando-se até suplantá-la.
Ser Fluminense não é ser melhor, mas ser certo. Não é vencer a qualquer preço mas vencer-se primeiro para ser vitorioso depois. É não perder a capacidade de admirar e de (se) colocar metas sempre mais altas, aprimorando-se na busca! E jamais perder a esperança até o minuto final.
Ser Fluminense é gostar de talento, honradez, equilíbrio, limpeza, poesia, trabalho, paz, construção, justiça, criatividade, coragem serena e serenidade decidida.
Ser Fluminense é rejeitar abuso, humilhação, manha, soslaio, sorrateiros, desleais, temerosos, pretensão, soberba, tocaia, solércia, arrogância, suborno ou hipocrisia. É pelejar, tentar, ousar, crescer, descobrir, viver, saber, vislumbrar, ter curiosidade e construir.
Ser Fluminense é unir caráter com decisão, sentimento com ação, razão com justiça, vontade com sonho, percepção com fé, agudeza com profundidade, alegria com ser, fazer com construir, esperar com obter. É ter os olhos limpos, sem despeito, e claro como a esperança.
Ser Fluminense, enfim, é descobrir o melhor de cada um, para reparti-lo com os demais e saber a cada dia, amanhecer melhor, feliz pelo milagre da vida como prodígio de compreensão e trabalho, para construir o mundo de todos e de cada um, mundo no qual tremulará a bandeira tricolor.
Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros (Artur da Távola)
Ser Fluminense, pra começo de conversa, não é que nem ser mangueirense ou ser católico. Não é uma questão geográfica ou cultural. Você não é Fluminense porque nasceu em algum lugar ou porque seus pais são. O Fluminense é como a Gisele Bundschen: você não escolhe ele, ou ela, ele escolhe você.
Ser Fluminense é como ter olhos verdes ou saber assoviar alto com os dedos na boca. Não se escolhe. O Fluminense escolhe os melhores entre os seres humanos. Só os selecionados se tornam Tricolores. Mas às vezes alguém é escolhido e se desvia, muda de time. É porque não merecia. Ou se alguém que torcia pra outro time e virou Fluminense, é apenas o Fluminense lhes dando uma segunda chance de se tornarem seres evoluídos e superiores. Mal sabem os outros torcedores que eles não escolherem torcer pelos seus times, eles apenas foram relegados pelo Flu.
Isso é ser Fluminense. É mais que ser católico, mais que ser judeu, mais que ser preto, branco ou muçulmano. É, acima de tudo, merecer torcer pelo Fluminense. É se orgulhar de torcer pelo Fluminense. É ser Fluminense antes de ser brasileiro, gordo ou intelectual. É entender que torcer pelo Fluminense é um destino, não uma escolha. E fazer por onde merecer esse destino. FLUMININENSE  É TUDO DE BOM.

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