Remédios estão em falta na farmácia do HC de Ribeirão Preto desde janeiro.
Aumento da demanda e atraso na entrega prejudicou serviço, diz Saúde.
Pacientes de Ribeirão Preto (SP) que obtiveram na Justiça o direito de receber medicamentos de alto custo gratuitamente, reclamam que as sentenças não estão sendo cumpridas pelo Estado. Segundo os denunciantes, os remédios prescritos não são encontrados na farmácia popular administrada pelo Hospital das Clínicas.
O problema é recorrente: no último dia 18 de janeiro, pais de crianças com alergia à proteína do leite de vaca reclamaram que a distribuição de um leite especial, por parte do Governo de São Paulo, estava atrasada há um mês. Dois dias depois, pacientes diabéticos também afirmaram que materiais para tratar e controlar a doença, e que deveriam ser fornecidos gratuitamente pelo Estado, não estavam sendo entregues.
Em nota, o Departamento Regional de Saúde de Ribeirão Preto (DRS XIII) informou que houve um aumento inesperado da demanda, resultando no desabastecimento dos medicamentos, mas que já estão em processo de aquisição. Segundo a pasta, e a situação será normalizada nos próximos dias.
Enquanto isso, pacientes como o eletricista Vicente da Paixão Rodrigues continuarão com os tratamentos interrompidos. Ele sofre com doença de Crohn, que afeta o trato gastrointestinal, e, desde 2007, após passar por cinco cirurgias, faz uso de medicamentos controlados. No último dia 7 de janeiro, no entanto, recebeu a informação de que o fornecimento estava interrompido porque não havia as prescrições no estoque.
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Rodrigues afirma que não tem condições financeiras de adquirir o remédio por conta própria: a caixa com 50 comprimidos custa R$ 80 e é suficiente para apenas 15 dias. Por isso, acionou o Ministério Público para que o direito seja garantido. “O jeito é exigir judicialmente. Isso é essencial para a minha saúde", afirma.
A aposentada Luzia Corina Faustino, de 80 anos, também está sem o anticoagulante que usa diariamente para o problema de arritmia cardíaca. Ela conta que obteve o direito de receber o remédio gratuitamente em julho de 2014, quando a Justiça concedeu uma liminar para que o Estado custeasse o tratamento. “Eu tomo um comprimido pela manhã e outro à noite. Sem eles, a doença pode agravar e posso ficar de cama”, diz.
Aumento da demanda
Em nota, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou, por meio do Departamento Regional de Saúde (DRS XIII), que houve um aumento inesperado de demanda, resultando no desabastecimento dos medicamentos. Porém, já estão em processo de aquisição e a situação será normalizada nos próximos dias.
Em nota, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou, por meio do Departamento Regional de Saúde (DRS XIII), que houve um aumento inesperado de demanda, resultando no desabastecimento dos medicamentos. Porém, já estão em processo de aquisição e a situação será normalizada nos próximos dias.
Em relação ao anticoagulante fornecido à aposentada, o DRS informou que houve atraso na entrega do medicamento por parte da Fundação para o Remédio Popular (Furp), que sofreu um desabastecimento pontual e temporário, em razão de problemas com fornecedores. Porém, a entrega também deve ser normalizada em breve.
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