5.14.2012

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Mitos e verdades sobre o Acidente Vascular Cerebral

Há vários tipos de AVC e vários sitomas para a doença. Saiba o que é verdade e mentira!

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é a segunda maior causa de mortes em todo o mundo. No Brasil, a cada cinco minutos uma pessoa é vítima desta doença, sendo esta a primeira causa de mortes no país. Os dados são da Sociedade Brasileira de Neurologia.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2009, foram registrados 68,9 mil óbitos por AVC. Com base nesses dados, Marcus Alexandre Cavalcanti Rotta, neurocirurgião endovascular, esclarece os mitos e as verdades sobre o AVC e suas causas.

Existem diferentes tipos de AVC
Verdade. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e o isquêmico. O primeiro ocorre devido ao rompimento de um vaso intracraniano, causando uma hemorragia cerebral. Já o isquêmico acontece em função do entupimento de uma artéria que leva o sangue para nutrir o cérebro e, quando não tratado a tempo, pode ser irreversível.

Diversos fatores podem causar AVC
Verdade. No AVC hemorrágico as principais causas são hipertensão arterial, aneurismas e malformações arteriovenosas. Nos isquêmicos são coágulos que podem ser originados do coração ou das artérias que levam o sangue ao cérebro, como as carótidas e as artérias vertebrais, vindo a obstruir a circulação em determinada área.

O AVC não apresenta sintomas
Mito. Os principais sintomas ligados ao AVC hemorrágico são dor de cabeça de início súbito e muito forte, associados a náuseas, vômitos, perda de força, dormência em um lado do corpo ou até desmaio. Em relação ao isquêmico, os principais sinais são perda de força ou dormência em um lado do corpo, alterações na fala, visão dupla, dificuldade no equilíbrio ou boca torta.

Caso algum sintoma seja detectado, a pessoa deve ser socorrida imediatamente
Verdade. Os médicos recomendam contatar um serviço de ambulância o mais breve possível, para que a pessoa possa ser levada ao hospital para diagnosticar e tratar a doença.

O tempo para socorrer a pessoa não influência no tratamento
Mito. O tempo de ação e o encaminhamento são essenciais para o tratamento eficaz. Se o indivíduo for atendido em até seis horas após o início dos sintomas, o médico pode fazer a desobstrução da artéria. No caso do isquêmico, por exemplo, o rápido atendimento previne a lesão permanente da área do cérebro afetada e diminui a chance de sequelas e morte. Já nos diagnósticos hemorrágicos, o tratamento precoce também evita lesões permanentes, diminui a mortalidade e a chance de uma nova hemorragia.

Apenas idosos podem ter derrame
Mito. O AVC atinge qualquer adulto. No entanto, o hemorrágico atinge pacientes mais jovens.

A genética pode ser uma causa do AVC
Verdade. Assim como nos casos de infartos cardíacos, a chance de uma pessoa ter um AVC quando há casos na família é maior. O paciente deve ser acompanhado preventivamente.

Pessoas com doenças crônicas estão mais propensos a ter um AVC
Verdade. As doenças crônicas, mesmo controladas, ao longo do tempo causam lesões vasculares que progressivamente obstruem ou fragilizam os vasos. Nesses casos, o paciente deve ter acompanhamento médico regular e realizar exames preventivos.

Em todos os casos de AVC são necessários procedimentos cirúrgicos
Mito. As cirurgias são indicadas em alguns casos de AVC isquêmico, como quando a área cerebral afetada possui extensos coágulos e não é possível fazer a desobstrução da artéria, quando há uma hemorragia extensa em que o sangue precise ser drenado ou em alguns casos de aneurismas nos quais o cateterismo não seja indicado.

Após o repouso, a pessoa que teve AVC pode voltar a sua rotina
Verdade. Após a alta, caso não ocorram sequelas e o tratamento tenha sido um sucesso, a pessoa pode retomar a rotina. Porém, vale ressaltar que o paciente deve manter o acompanhamento médico para controle dos fatores de risco.

O AVC não deixa sequelas
Mito. As sequelas dependem, principalmente, do tempo que se levou para iniciar o tratamento. Caso o paciente seja atendido dentro das primeiras seis horas após o início dos sintomas, as chances de sequelas caem significativamente, embora não possam ser excluídas. As principais sequelas são fraqueza em um lado do corpo, alteração da fala e equilíbrio, sendo variável o grau de regressão após a reabilitação.

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