5.03.2012

Artrite reumatóide

 

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Arthrite rhumatoide.jpg
Mãos com artrite
CID-10 M05-M06
CID-9 714
DiseasesDB 11506
MedlinePlus 000431
Artrite reumatóide, também conhecida como artrite degenerativa, artrite anquilosante, poliartrite crônica evolutiva (PACE) ou artrite infecciosa crônica é uma doença auto-imune sistêmica, caracterizada pela inflamação das articulações (artrite), e que pode levar a incapacitação funcional dos pacientes acometidos. Além de danificar as articulações possui manifestações sistêmicas como: rigidez matinal por pelo menos uma hora, fadiga e perda de peso.[1]
Acredita-se que a origem da doença seja uma alteração do sistema imunológico, que passa a agir contra proteínas próprias do organismo e localizadas nas articulações (embora possa agir também em outros sítios do organismo).
A primeira descrição da doença foi feita em 1800 por Landré Beauvais.

Epidemiologia

A artrite reumatóide é uma doença que acomete mais os indivíduos do sexo feminino (de 3 a 5 vezes mais do que os do sexo masculino). E tem seu pico de incidência entre 30 e 55 anos. Afeta de 0,6% a 2% dos adultos representando entre 10% e 12% dentre as artrites.

Etiopatogenia

Existem várias hipóteses para seu surgimento (infecciosa, hereditária, endócrina, imunológica, psicogênica…) porém sua verdadeira origem permanece polêmica. Provavelmente existem fatores genéticos pois há um risco 6 vezes maior em parentes de primeiro grau e 30 vezes maior em gêmeos monozigóticos comparado com o resto da população (~1%). A hipótese infecciosa aponta o efeito cronificador que a rubéola, a hepatite B e arbovírus e a quantidade elevada de antígenos de Epstein-Barr nos portadores. Essa doença é resultado do auto-ataque das células imunológicas que entram nos tecidos, e no líquido sinovial causando um intenso processo inflamatório e produzindo enzimas, citocinas e anticorpos.

Quadro clínico


Mãos acometidas por lesões da artrite reumatoide
Freqüentemente acomete inúmeras articulações tais como punhos, mãos, cotovelos, ombros, e pescoço; podendo levar à deformidades e limitações de movimento permanentes.
É geralmente simétrica e as articulações afetadas podem apresentar sinais inflamatórios intensos, tais como: edema, calor, rubor e dor, além de rigidez matinal. Os sintomas extra-articulares mais comuns são: anemia, cansaço extremo, perda de apetite, perda de peso, pericardite, pleurite e nódulos subcutâneos.

Critérios diagnósticos

Para se fazer o diagnóstico de artrite reumatóide é necessário que estejam presentes quatro ou mais dos seguintes critérios.
  • Rigidez matinal (dificuldade de movimentação ao acordar)com duração superior a uma hora por dia.
  • Artrite de três ou mais áreas, com sinais inflamatórios
  • Artrite das articulações das mãos ou punhos (Pelo menos 1 área com edema em punho, metacarpofalangeana ou interfalangeana distal)
  • Artrite simétrica - Envolvimento simultâneo bilateral (para as metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais, não precisa haver simetria perfeita)
  • Nódulos reumatóides
  • Fator reumatóide sérico positivo
  • Alterações radiográficas, tais como: erosões ou descalcificações articulares.
Para que os 4 primeiros critérios sejam válidos, é necessário que perdurem por, no mínimo, 6 semanas.

Fatores relacionados a mau prognóstico

  • Idade precoce de ínício
  • Altos títulos do Fator reumatoide e anti-CCP
  • Provas de função inflamatória elevadas persistentemente
  • Artrite em mais de vinte articulações
  • Comprometimento extra-articular: nódulos reumatóides, síndrome de Sjogren, episclerite, esclerite, doença pulmonar intersticial, pericardite, vasculite sistêmica
  • Erosões detectáveis radiograficamente já nos dois primeiros anos de actividade da doença

Tratamento médico




Normalmente é instituído precocemente para impedir a progressão da doença evitando assim possíveis deformidades permanentes.
Os objetivos do tratamento geralmente são: prevenir lesões articulares, melhorar a qualidade de vida e diminuição da dor.
O tratamento medicamentoso baseia-se no uso de medicamentos para alívios dos sintomas e as drogas que modificam o curso da doença, as chamadas DARMDs. Com relação aos primeiros é possível citar os antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e os corticóides, e no segundo caso: hidroxicloroquina, cloroquina, sulfasalazina, metotrexato, leflunomide, azatioprina, ciclosporina e outros.
O diagnóstico e a instituição de um tratamento precoce sob a orientação de profissionais capacitados permite que o paciente tenha uma vida normal e sem limitações na grande maioria dos casos.
Cirurgias podem ser feitas mesmo nos estágios iniciais da doença. Tem por objetivos principais alívio da dor e recuperação da funcionalidade.

Tratamento Fisioterapêutico

Diversos recursos da Fisioterapia podem ser utilizados como a termoterapia, a eletroterapia, a cinesioterapia (principalmente exercícios e alongamentos) A hidroterapia é um dos principais recursos utizados, através de diversas modalidades como o Método Bad Ragaz, a balneoterapia e a talassoterapia. Terapias manuais aliviam a dor e proporcionam bem estar ao paciente. A indicação de órteses pelo fisioterapeuta é importante para manter a funcionalidade e alinhar corretamente as estruturas acometidas.

Referências

  1. Manoel Barros Bértolo et all. (2004) Atualização do Consenso Brasileiro no Diagnóstico e Tratamento da Artrite Reumatoide. TEMAS DE REUMATOLOGIA CLÍNICA - VOL. 10 - Nº 1 - MARÇO DE 2009 http://www.cerir.org.br/pdf/Consenso_Artrite.pdf

ARTRITE REUMATÓIDE

PORTARIA PERMITE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE HUMIRA® PARA AR (Artrite Reumatóide)
 O Ministério da Saúde acaba de publicar a Portaria nº 2755 (de 27 de outubro de 2006) autorizando a distribuição gratuita de Humira® (adalimumabe), da Abbott, para o tratamento de pacientes portadores de artrite reumatóide (AR). A medida, que inclui o Humira® (adalimumabe) no “Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional – CMDE”, favorece médicos e pacientes no tratamento da doença que atinge 1% da população, principalmente mulheres ainda em idade produtiva. No Brasil, o Humira® (adalimumabe), é aprovado para tratamento de AR e Artrite Psoriásica e está em processo de aprovação também para espondilite anquilosante. Nos Estados Unidos e Europa, o medicamento já é utilizado amplamente para estas três indicações. De acordo com Antonio José, Diretor Médico da Abbott, “nossa empresa reconhece que é muito importante que os pacientes de artrite reumatóide tenham acesso a novas terapias e medicamentos inovadores”. Doença crônica que ataca e destrói as articulações, a artrite reumatóide é altamente incapacitante, mas tratável graças ao desenvolvimento de medicamentos biológicos classificados como anti-TNF, que impedem a progressão da doença (TNF é uma citocina, principal mediadora das chamadas doenças auto-imunes, como a AR). Nem é preciso enfatizar que o diagnóstico rápido e nos quadros iniciais da doença, contribuem para o sucesso do tratamento. A artrite psoriásica , doença crônica e auto-imune que combina os sintomas de artrite (incluindo dor e inflamação das articulações) é a primeira indicação de Humira® (adalimumabe), depois da AR. O Laboratório Abbott tem realizado investimentos significativos para desenvolver Humira® (adalimumabe) para pelo menos seis indicações, todas doenças auto-imunes, incluindo artrite reumatóide, espondilite anquilosante, artrite psoriásica, doença de Chron e artrite reumatóide juvenil. Para saber mais clique em: http://abbottbrasil.com.br/. Fonte: SPMJ Comunicações

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