RIO - Um cão espalhou peste pneumônica para quatro pessoas, no estado americano do Colorado em julho de 2014, em um surto que autoridades dizem que poderia envolver a primeira transmissão de pessoa a pessoa da infecção nos EUA em 90 anos.
Segundo o “Independent”, um estudo publicado nesta sexta-feira pela instituição americana CDC (Centers for Disease Control and Prevention) descobriu que a infecção se espalhou quando um cão da raça pitbull terrier de 2 anos adoeceu e, mais tarde, foi sacrificado por veterinários em 25 de junho de 2014.
O casal de veterinários que tratou o animal, seu proprietário e uma amiga do proprietário desenvolveram pouco depois sintomas semelhantes aos do cão e foram testados com resultado positivo para Yersinia pestis, bacilo que causa a peste.
Todos os quatro foram tratados com antibióticos e tiveram recuperação completa, diz a rede "NBC".
O Dr John Douglas, diretor de Tri-County Health Department, que abrange os condados de Adams, Arapahoe e Douglas, no Colorado, disse que há oito casos de peste em humanos a cada ano, em média.
“A peste é quase sempre confinada atualmente às regiões rurais no Ocidente”, disse ele à rede. “Isto é porque o vetor da praga é tipicamente o cão da pradaria, embora existam outros roedores que possam transmitir também”.
Trabalhando no mesmo departamento, Janine Runfola disse que o cão estava tossindo sangue, que provavelmente foi o meio de infecção de seu dono.
Os dois veterinários se automedicaram com antibióticos antes de serem levados para monitorização e não adoeceram gravemente, fato que sugere a alguns pesquisadores pesquisadores que a praga poderia infectar os seres humanos sem seu conhecimento.
No entanto, uma amiga do dono do cão é um caso ainda mais preocupante para a equipe.
“Ela também teve contato com o cão e também teve contato mais intenso com o paciente quando ele ficou doente”, disse o Dr. Douglas.
A cronologia dos acontecimentos sugere ser mais provável que ela tenha contraído a doença a partir do dono do cão, do que do cachorro propriamente dito.
“Mas não há nenhuma maneira de ter certeza de que ela também não obteve a infecção a partir do cão”, acrescentou.
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