Senador Roberto Requião (PMDB-RJ) diz ser "inaceitável" a
possibilidade de que o presidente interino, Michel Temer, tenha ido
"compor" com o agora ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
"para manobrar sua absolvição"; "Se realmente o governo interino
avalizou o acordo na Câmara com Cunha é chegada a hora de por fim a
farsa do impeachment", afirma o peemedebista, que é defensor da ideia de
um plebiscito sobre novas eleições; "Este acordo, ou tentativa de
acordo na Câmara, deixa clara a necessidade de acabarmos com a novela de
impeachment e pensarmos no Brasil", reforça; Requião diz ainda que a
presidente Dilma "seguramente" tem os votos para barrar o impeachment no
Senado
Após a confirmação, pelo próprio jornal O Globo, de que o acordão
pela renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados
contou com a participação direta do Palácio do Planalto, o interino
Michel Temer pode ter colocado em risco seu governo provisório; se Cunha
conseguir de fato se salvar, não apenas a Câmara sairá desmoralizada do
processo, mas também o próprio vice-presidente em exercício; no
entanto, se Temer não conseguir entregar a Cunha a proteção prometida,
ficará à mercê de sua eventual vingança; o fato de ter dado aval ao
resgate de um político que hoje simboliza a corrupção (como noticia O
Globo) demonstra que, na prática, Temer é refém de Cunha e pode, a
qualquer momento, ser abatido por ele
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