11.07.2008

Manual contra infecção

Manual contra infecção

Documento feito pela Anvisa pretende facilitar diagnóstico do problema que atinge mais de 30% dos recém-nascidos no País

Rio - Cerca de 60% dos casos de mortalidade infantil ocorrem no período neonatal, de acordo com estimativa do Ministério da Saúde. Para auxiliar o trabalho de médicos e enfermeiros, na identificação de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) — como pneumonia, bronquite, sinusite, meningite e gastroenterite —, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está lançando o primeiro manual para identificação de infecções hospitalares em recém-nascidos. Segundo estudos, as infecções afetam mais de 30% dos bebês que nascem em todo o País.

“Esperamos que os profissionais de saúde tenham mais facilidade em realizar o diagnóstico a partir de um padrão homogêneo sobre infecções neonatais”, disse Leandro Queiroz Santi, gerente de Investigação e Prevenção de Infecções e Eventos Adversos da Anvisa.

O ‘Manual de Definições de Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde’ será apresentado durante o Congresso Brasileiro de Infecção Hospital, que será realizado entre os dias 20 e 23, no Rio de Janeiro. Um dos objetivos é sistematizar a vigilância das infecções para evitar que o problema atinja os recém-nascidos. De acordo com especialistas, a partir da definição de critérios adaptados à realidade nacional, construídos com base em padrões internacionalmente aceitos, o atendimento nas unidades de todo o País passará a contar com um padrão único, harmonizado à realidade local — o que garante mais segurança.

Com base no que orienta o manual, a rede neonatal brasileira passará a fornecer dados mais confiáveis e padronizados, que poderão ser utilizados para fazer comparações entre as diversas instituições nacionais. Os dados que serão gerados na rede nacional de assistência neonatal servirão para que sejam elaboradas estratégias de prevenção e controle das infecções em recém-nascidos, priorizando os bebês classificados como de alto risco, como os prematuros.

A padronização também facilita a notificação das ocorrências de infecções neonatal nos sistemas informatizados. As maternidades e redes de atendimento a recém-nascidos terão um critério único para inserir seus dados no Sistema Nacional de Informação para o Controle de Infecções em Serviços de Saúde.

O manual é resultado de um ano de trabalho de uma comissão formada por especialistas em neonatologia do Ministério e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

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