Exame detecta lesões causadas pelo vírus HPV logo no início, o que aumenta as chances de cura
Nova técnica de detecção do papilomavírus humano (HPV) — responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero, um dos mais temidos tipos de câncer feminino — acaba de chegar ao Brasil. Ao contrário dos métodos já disponíveis, que identificam se o vírus é de baixo ou alto risco, a nova técnica ajuda a tranqüilizar as mulheres com diagnóstico positivo para HPV, ao revelar que o vírus pode não oferecer risco de câncer.
Segundo o ginecologista José Focchi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apenas 25% das portadoras do vírus HPV podem vir a desenvolver câncer de colo de útero. “O diagnóstico precoce vai permitir uma melhor avaliação do tratamento a ser adotado em cada caso. Dependendo do resultado, o tratamento pode ser mais ou menos agressivo ou, ainda, o médico pode apenas adotar uma postura de monitoramento do paciente”.
Segundo estimativas do Ministério da Saúde, surgem cerca de 20 mil casos de câncer de colo de útero por ano. O novo método de detecção do vírus HPV pode ser solicitado por ocasião da coleta do Papanicolau. O procedimento é feito por meio da biologia molecular, ramo da medicina diagnóstica que estuda, em especial, a estrutura e a função do material genético das células.
“Na verdade, esse novo tipo de exame não exclui os demais. Toda e qualquer forma de prevenção é importante”, garante o ginecologista Ismael Guerreiro, da Escola Paulista de Medicina, acrescentando que, a partir do início da atividade sexual, as mulheres já devem fazer o exame Papanicolau pelo menos uma vez por ano. O exame permite a identificação das lesões causadas pelo HPV ainda no início. “Se houver câncer, o diagnóstico precoce torna possível um tratamento com sucesso”, pondera.
Portal Terra
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