5.29.2010

TOSSE

TOSSE
É um sintoma de alerta
Reflexo de protecção destinado a expulsar substâncias estranhas das vias aéreas superiores.
Importante!!!!! Identificar a causa e eliminá-la!
ETIMOLOGIA:
Alterações do tracto respiratório (infecção menor do tracto respiratório superior por bactérias ou vírus, hábitos tabágicos, etc.)
Presença de corpos estranhos
Asma e outras doenças
Iatrogénica (efeito secundário de um medicamento) - EX.: IECA, Bloqueadores B-adrenérgicos (medicamentos para hipertensão)(têm como efeito secundário tosse seca)

CLASSIFICAÇÃO DA TOSSE
Quanto à existência de expectoração
Produtiva
Não produtiva (seca ou irritativa)
Quanto à natureza da expectoração
Clara, transparente - pouco significado clínico
Branca - Asma, bronquite crónica, rinite
Esverdeada ou acastanhada - Infecção bacteriana
Quanto à duração
Aguda (forma intensa, mas em curtos periodos de tempo)
Crónica (Forma intensa, mas em longos periodos de tempo)

ANTITÚSSICOS
Reduzem ou inibem o reflexo da tosse
Existem dois grupos de antitússicos:
Antitússicos de acção central
Estupefacientes (codeína)
Não estupefacientes (dextrometorfano)
Antitússicos de acção periférica
ANTITÚSSICOS DE ACÇÃO CENTRAL

ANTITÚSSICOS ESTUPEFACIENTES
São os fármacos de maior potência antitússica.
São fármacos de inibição representante é a Codeína - 10 - 20 mg 3 x dia
Efeitos adversos:
Depressão respiratória e cardíaca, miose (diminuição do tamanho da pupila) e sedação intensa
Dminuição da produção de muco, diminuição da actividade ciliar, aumento da viscosidade das secreções
Cefaleias, vómitos e náuseas intensas
Sonolência, obstipação e reacções alérgicas
Risco de habituação e toxicomania (< para a codeína) - dependência
Contra indicações
Crianças < 1 ano, idosos, grávidas, doentes hepáticos
Só se pode dar a pessoas saudáveis.

ANTITÚSSICOS NÃO ESTUPEFACIENTES
Têm maior aplicação na prática clínica
O mais utilizado é o Dextrometorfano
Eficácia semelhante à codeína e não causa depressão respiratória
Mais utilizado em pediatria
Efeitos adversos - naúseas, vómitos, vertigens, sonolência / excitação
Contra indicações - crianças alérgicas, DPCO, terapêutica com IMAO (grupo de antidepressivo)
Difenidramina (anti-histaminico e antitússico)
Efeitos adversos - sonolência
Contra indicações - doentes com glaucoma (hipertensão ocular), hipertrofia da próstata, terapêutica com sedativos / tranquilizantes, Gravidas, pessoas com obstipação e pessoas que estejam a fazer ansiolítios ou sedativos.
ANTITUSSICOS DE ACÇÃO PERIFÉRICA
DEMULCENTES
1.º Passo para o alivio da tosse seca ou produtiva
Exercem uma acção mecânica podendo ter um ligeiro efeito anestésico
Formam uma fina camada protectora sobre a mucosa faríngia irritada
mel, pastilhas, liquidos espessos licorosos com mel, glicerol, gomas e mucilagens.

EXPECTORANTES
Só actuam quando a causa da tosse é a acumulação de secreções espessas no tracto respiratório
Estimulam os mecanismos de eliminação (movimento ciliar)
Acção reflexa - actum por irritação da mucosa gástrica, originando um aumento da secreção brônquica.
Expectorantes salinos (cloreto de amónio, iodetos)
Ipecacuanha
Guaifenasina ou Guaicolato de Glicerilo
Acção directa - estimulam directamente as células secretoras dos brônquios.
Óleos voláteis e bálsamicos (pinheiro, eucalipto, mentol, cânfora e limão)

MUCOLÍTICOS
Actuam sobre a viscosidade e estrutura do muco
Fluidificam as secreções e facilitem a sua expulsão
Bromexina
Ambroxol
Carbocisteína
Acetilcisteína
Evitar em doentes com problemas gástricos. destroem a estrutura das proteínas que revestem a mucosa.

Saiba mais


TOSSE

O que é?

É a expulsão barulhenta e súbita do ar dos pulmões e que pode ou não estar acompanhada de muco (catarro).

Como se desenvolve?

A tosse, usualmente, é uma resposta reflexa do corpo a um estímulo irritante na garganta, laringe (cordas vocais), traquéia ou pulmões.

A traquéia é um tubo de ar que se estende do pescoço até o tórax, levando o ar que entra pelo nariz até os pulmões.

A tosse tem um mecanismo reflexo, ou seja, ocorre automaticamente, sem a pessoa pensar. Ela é um reflexo que protege os pulmões do efeito nocivo das bactérias, vírus, fungos, poeiras e outras substâncias danosas. Contudo, pode também ser voluntária.

Existem muitas causas possíveis para a tosse. Dentre elas, estão:
tabagismo
hiper-reatividade dos brônquios (sensibilidade aumentada nos tubos de ar dos pulmões), asma, enfisema pulmonar ou bronquite crônica
infecções da garganta, laringe, traquéia, seios da face (sinusite) ou dos pulmões
alergias
refluxo de líquido do estômago para o esôfago (tubo que leva o alimento da boca até o estômago)
inalação de ar muito quente ou frio
exposição a gases ou substâncias químicas (irritantes ambientais)
tumores de garganta, cordas vocais, pulmões ou esôfago
insuficiência do coração em bombear o sangue que chega até ele
objeto que tenha entrado inadvertidamente na traquéia
algumas medicações
transtornos psiquiátricos
tuberculose ou outras doenças pulmonares.


Embora, na maioria das vezes, a tosse tenha uma única causa, até a quarta parte dos indivíduos apresentam mais de uma doença que justifique sua presença.

O que é importante observar na tosse?

Existem alguns itens que a pessoa que tosse deve observar, ajudando, assim, na investigação médica. São eles:
quando a tosse iniciou ou quanto tempo ela está durando
se a tosse é constante, eventual ou se predomina em algum momento do dia
se tem expectoração e qual a cor da secreção expectorada
se há alguém mais na família com tosse ou doente
em que época do ano que a tosse costuma aparecer
se está relacionada a alguma atividade (faxina da casa, por exemplo).


Quando a tosse é crônica, ou seja, com duração de 3 semanas ou mais, geralmente, ela tem como causa o tabagismo, asma, gota pós-nasal (secreção do nariz indo na direção dos pulmões), doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e/ou bronquite crônica) ou refluxo gastro-esofágico (líquido do estômago indo para o esôfago).

Como o médico faz o diagnóstico?

A conversa do médico com a pessoa acometida pela tosse é muito importante, pois através dela o médico indica quais exames complementares serão importantes na investigação do problema.

Ele deverá perguntar sobre sinais e sintomas associados, atividade do paciente, histórico de doenças familiares dentre outros para proceder sua investigação.

Associando isto ao exame físico do paciente, o médico consegue levantar uma hipótese da causa da tosse. Sabemos que a tosse não é uma doença, mas um sintoma de que algum distúrbio deve ser investigado.

Como se trata?

O tratamento é decidido conforme a causa da tosse. O tratamento definitivo é aquele que combate a causa. Por exemplo, nos casos em que o motivo da tosse é uma infecção, o tratamento é o uso de antibióticos. A tosse que produz catarro não deve ser suprimida com anti-tussígenos – a não ser que seu médico julgue necessário.

Nos casos de tosse pelo tabagismo, o abandono do fumo, geralmente, leva a uma diminuição considerável da tosse em um mês.

Naqueles pacientes que se suspeita que a tosse seja causada por uma exposição no trabalho (o paciente nota melhora nas férias ou quando não está trabalhando), o médico poderá aconselhar uma mudança na área de trabalho ou maneiras de melhorar a circulação de ar e orientar o uso de máscaras, se julgar oportuno.

Como se previne?

As vacinações contra o vírus da gripe (anual) e contra o pneumococo – bactéria que mais freqüentemente causa infecções respiratórias – podem ajudar neste sentido.

A prevenção vai depender da causa da tosse. Não fumar, por exemplo, ajudará a prevenir os casos de tosse pelo tabagismo, tumores de pulmão, bronquite crônica ou enfisema pulmonar. No entanto, alguns casos de tosse não poderão ser prevenidos, mas somente tratados.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

O que fazer nos casos de tosse causada por corpo estranho nas vias aéreas?

Por que o fumante costuma ter tosse pela manhã?

Qual o tratamento para os casos de tosse por refluxo gastro-esofágico?

Os medicamentos que tratam a pressão arterial podem causar tosse?

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