1.06.2012

Bebê do DF que recebeu coração em transplante está bem, dizem médicos

Menina receberá remédios para evitar a rejeição do órgão por um mês.
Criança de 1 ano e 8 meses recebeu o órgão de um bebê morto no RJ.

Sandro Lima Do G1 DF


A bebê de 1 ano e 8 meses que foi submetida a um transplante de coração na madrugada desta sexta-feira (6) passa bem, segundo a equipe médica do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), responsável pelo procedimento.
Em entrevista coletiva realizada no início da tarde desta sexta, a médica coordenadora de transplante cardíaco pediátrico do ICDF, Cristina Camargo Afiune, informou que a criança permanecerá internada por dez dias na unidade de terapia intensiva (UTI) e depois ficará mais 20 dias recebendo acompanhamento médico na enfermaria. Durante este período, a médica explicou que a criança receberá remédios para evitar a rejeição do órgão.
Os médicos avaliam que a menina deve receber alta após um mês da cirurgia. Nos três meses seguintes, a paciente fará controle semanalmente. Passada essa etapa, as avaliações serão trimestrais.

De acordo com a equipe médica que participou da intervenção cirúrgica, um coração transplantado dura em média 10 anos. Após esse período, a criança terá que ser submetida a um novo transplante. Mas, segundo os médicos, novos medicamentos podem aumentar esse prazo.
A bebê recebeu o coração de uma criança de 1 ano e 9 meses, que teve morte cerebral no Hospital das Clínicas de Niterói, no Rio de Janeiro. A equipe médica do ICDF foi notificada nesta quinta-feira (5) por volta das 8h. Às 16h30, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu para o Rio para buscar o órgão.

Os médicos chegaram ao hospital carioca por volta das 20h e o coração da criança doadora foi retirado às 21h50. O avião retornou para Brasília às 22h15. De acordo com o corpo clínico, a aeronave chegou às 23h50. O procedimento cirúrgico teve início por volta de 0h30 e terminou às 3h30.
Segundo o médico Fernando Atik, o coração transplantado ficou fora do corpo por 3h15, o que é considerado um período aceitável. “Após quatro horas fora do corpo as chances de sucesso do transplante diminuem”, disse.
 

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