Em doze meses, separação de homens e mulheres aconteceu em 46 eventos religiosos realizados em 21 instituições
Vivian Oswald
LONDRES - Diante da polêmica sobre a separação de homens e mulheres
em eventos organizados pelas universidades britânicas com palestrantes
religiosos, o primeiro ministro David Cameron considerou inaceitável a
segregação de gênero no país. O debate sobre a distinção entre os
assentos dos públicos feminino e masculino começou no inicio do ano,
depois que eventos organizados na Universidade de Leicester e na
University College London com palestrantes islâmicos acabou por separar a
audiência entre homens e mulheres.
Mas o premier se viu obrigado a reagir após a realização de protestos em frente às universidades e de um abaixo-assinado firmado por nada menos que nove mil pessoas, que condenaram a segregação, classificada como “apartheid de gênero”.
O documento se seguiu ao resultado da conferência da entidade que reúne 132 universidades britânicas (entre ela as prestigiosas Oxford e Cambridge), que concordaram que, em alguns casos, quando se tratasse de conferencia ou seminários religiosos, era recomendável separar o público. De acordo com o porta-voz de Cameron, a posição do número 10 de Downing Street é enfática.
- Existe uma tradição de liberdade de expressão muito importante nas nossas instituições educacionais - disse.
De acordo com pesquisa realizada pelo Student Rights, grupo criado para combater o extremismo nas universidades, nos doze meses encerrados em março deste ano, foi identificada a segregação da plateia em 46 eventos realizados em 21 instituições distintas. Seis deles teriam sido cancelados antes mesmo de acontecerem.
A população cada vez mais diversa do Reino Unido é um dos principais motivos para que as autoridades se preocupem com a defesa da igualdade de gêneros e com o extremismo. Leicester, por exemplo, é uma das comunidades com maior diversidade étnica fora da capital, com menos da metade da popuação composta pelos chamados brancos-britânicos, segundo os dados do último censo. A Universidade de Greenwich, como passou a ser chamada a antiga Politécnica de Woolwich, onde estudou um dos homens que assasssinou o fuzileiro Lee Rigby em maio deste ano tem um dos públicos mais variados da capital.
Dos 245.586 habitantes, segundo os últimos dados do Censo (2011), 33% da população de Greenwich pertencem a minorias étnicas. Ao todo, 72% são nascidos no Reino Unido. Mas muitos destes, apesar de tecnicamente britânicos, não deixam de ser vistos como imigrantes pelo conjunto dos londrinos. Nesta verdadeira Babel, do tamanho do município de Petrópolis, falam-se nada menos que 197 idiomas. As diferenças não estão restritas à cor da pele ou à língua: 14% da população economicamente ativa não tem qualquer qualificação, e quase um terço não tem emprego.
Mas o premier se viu obrigado a reagir após a realização de protestos em frente às universidades e de um abaixo-assinado firmado por nada menos que nove mil pessoas, que condenaram a segregação, classificada como “apartheid de gênero”.
O documento se seguiu ao resultado da conferência da entidade que reúne 132 universidades britânicas (entre ela as prestigiosas Oxford e Cambridge), que concordaram que, em alguns casos, quando se tratasse de conferencia ou seminários religiosos, era recomendável separar o público. De acordo com o porta-voz de Cameron, a posição do número 10 de Downing Street é enfática.
- Existe uma tradição de liberdade de expressão muito importante nas nossas instituições educacionais - disse.
De acordo com pesquisa realizada pelo Student Rights, grupo criado para combater o extremismo nas universidades, nos doze meses encerrados em março deste ano, foi identificada a segregação da plateia em 46 eventos realizados em 21 instituições distintas. Seis deles teriam sido cancelados antes mesmo de acontecerem.
A população cada vez mais diversa do Reino Unido é um dos principais motivos para que as autoridades se preocupem com a defesa da igualdade de gêneros e com o extremismo. Leicester, por exemplo, é uma das comunidades com maior diversidade étnica fora da capital, com menos da metade da popuação composta pelos chamados brancos-britânicos, segundo os dados do último censo. A Universidade de Greenwich, como passou a ser chamada a antiga Politécnica de Woolwich, onde estudou um dos homens que assasssinou o fuzileiro Lee Rigby em maio deste ano tem um dos públicos mais variados da capital.
Dos 245.586 habitantes, segundo os últimos dados do Censo (2011), 33% da população de Greenwich pertencem a minorias étnicas. Ao todo, 72% são nascidos no Reino Unido. Mas muitos destes, apesar de tecnicamente britânicos, não deixam de ser vistos como imigrantes pelo conjunto dos londrinos. Nesta verdadeira Babel, do tamanho do município de Petrópolis, falam-se nada menos que 197 idiomas. As diferenças não estão restritas à cor da pele ou à língua: 14% da população economicamente ativa não tem qualquer qualificação, e quase um terço não tem emprego.
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