Será que cortar os carboidratos da dieta emagrece? Parte 2
Por Carolina Oliboni:
Ontem, começamos a falar sobre os efeitos benéficos que muitos argumentam para cortar os carboidratos da dieta.
Mas será que isso tudo é verdade?
Fazendo-se uma avaliação científica das alegações deste tipo de dieta, pode-se concluir:
Não há evidências científicas de que exista alguma “vantagem metabólica” sobre outras dietas para perda de peso. Quando há balanço energético negativo, ou seja, quando comemos menos do que gastamos, a perda de peso ocorre em função do déficit energético e não da composição da dieta, o que, obviamente, não dispensa a necessidade de uma variedade de alimentos e balanço entre os nutrientes para termos saúde.
O que ocorre é que indivíduos orientados a seguir dieta rica em gordura e pobre em carboidrato, por conta própria, acabam escolhendo dieta pobre em energia. Em uma revisão, comparando-se 15 estudos com dietas pobres em carboidratos (menos do que 100g ao dia), viu-se que a média total de energia diária foi de 1250 Kcal, ou seja, um consumo calórico baixíssimo, que não cobre nem as necessidades do metabolismo basal da maioria dos indivíduos, estava levando ao emagrecimento e não necessariamente a restrição de carboidratos. Portanto, não há “magia metabólica” na dieta da proteína Afinal, a perda de peso é inevitável quando se excluem categorias de alimentos importantes, o que coloca a saúde em risco.
No entanto, a perda de peso alcançada não é de gordura: como essa dieta não fornece o suficiente da fonte preferencial de energia para o corpo, os carboidratos, ele começa a decompor os próprios músculos para obter energia, ou seja, consome sua proteína e o indivíduo perde massa muscular, tão importante para elevar o gasto energético e ajudar no emagrecimento.
Um cálculo simples nos ajuda a entender o porquê se perde peso - e não necessariamente gordura - quando os alimentos ricos em carboidratos são excluídos da dieta e, o mais importante, à custa de que componentes: água e músculos:
* Para cada 1g de carboidrato ser armazenado no corpo (temos uma reserva natural de carboidrato no fígado e nos músculos – o glicogênio) são necessários 3g de água. Se temos cerca de 100g de glicogênio no fígado e mais 400g nos músculos, basta multiplicar estes valores por 3 e somá-los ao total de glicogênio já citado, que são perdidos com essa dieta, para entender o quanto de peso é reduzido, porém, a gordura corporal continua no mesmo lugar. Voltando à alimentação normal, a tendência é o restabelecimento do equilíbrio hídrico, com reganho de água. Assim, é frequente o ganho de peso até acima dos valores perdidos!
Outro ponto importantíssimo é que ninguém consegue deixar de consumir pães, massas, batata etc. por muito tempo, ou seja, seria impossível seguir a dieta por toda a vida, como sugerem seus defensores. Além disso, os carboidratos são uns dos maiores produtores de serotonina, que ajuda na saciedade e sua falta provoca compulsão alimentar e aumento da ansiedade, o que dificulta ainda mais o processo de emagrecimento. Daí, come-se bem mais do que o desejado e surgem os sentimentos de culpa e fracasso.
Mas você sabe quais são os efeitos adversos da dieta da proteína? Vamos falar sobre isso amanhã, fique atento!
Ontem, começamos a falar sobre os efeitos benéficos que muitos argumentam para cortar os carboidratos da dieta.
Mas será que isso tudo é verdade?
Fazendo-se uma avaliação científica das alegações deste tipo de dieta, pode-se concluir:
Não há evidências científicas de que exista alguma “vantagem metabólica” sobre outras dietas para perda de peso. Quando há balanço energético negativo, ou seja, quando comemos menos do que gastamos, a perda de peso ocorre em função do déficit energético e não da composição da dieta, o que, obviamente, não dispensa a necessidade de uma variedade de alimentos e balanço entre os nutrientes para termos saúde.
O que ocorre é que indivíduos orientados a seguir dieta rica em gordura e pobre em carboidrato, por conta própria, acabam escolhendo dieta pobre em energia. Em uma revisão, comparando-se 15 estudos com dietas pobres em carboidratos (menos do que 100g ao dia), viu-se que a média total de energia diária foi de 1250 Kcal, ou seja, um consumo calórico baixíssimo, que não cobre nem as necessidades do metabolismo basal da maioria dos indivíduos, estava levando ao emagrecimento e não necessariamente a restrição de carboidratos. Portanto, não há “magia metabólica” na dieta da proteína Afinal, a perda de peso é inevitável quando se excluem categorias de alimentos importantes, o que coloca a saúde em risco.
No entanto, a perda de peso alcançada não é de gordura: como essa dieta não fornece o suficiente da fonte preferencial de energia para o corpo, os carboidratos, ele começa a decompor os próprios músculos para obter energia, ou seja, consome sua proteína e o indivíduo perde massa muscular, tão importante para elevar o gasto energético e ajudar no emagrecimento.
Um cálculo simples nos ajuda a entender o porquê se perde peso - e não necessariamente gordura - quando os alimentos ricos em carboidratos são excluídos da dieta e, o mais importante, à custa de que componentes: água e músculos:
* Para cada 1g de carboidrato ser armazenado no corpo (temos uma reserva natural de carboidrato no fígado e nos músculos – o glicogênio) são necessários 3g de água. Se temos cerca de 100g de glicogênio no fígado e mais 400g nos músculos, basta multiplicar estes valores por 3 e somá-los ao total de glicogênio já citado, que são perdidos com essa dieta, para entender o quanto de peso é reduzido, porém, a gordura corporal continua no mesmo lugar. Voltando à alimentação normal, a tendência é o restabelecimento do equilíbrio hídrico, com reganho de água. Assim, é frequente o ganho de peso até acima dos valores perdidos!
Outro ponto importantíssimo é que ninguém consegue deixar de consumir pães, massas, batata etc. por muito tempo, ou seja, seria impossível seguir a dieta por toda a vida, como sugerem seus defensores. Além disso, os carboidratos são uns dos maiores produtores de serotonina, que ajuda na saciedade e sua falta provoca compulsão alimentar e aumento da ansiedade, o que dificulta ainda mais o processo de emagrecimento. Daí, come-se bem mais do que o desejado e surgem os sentimentos de culpa e fracasso.
Mas você sabe quais são os efeitos adversos da dieta da proteína? Vamos falar sobre isso amanhã, fique atento!
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