GINÁSTICA FUNCIONAL
A ginástica funcional utiliza basicamente
movimentos naturais do corpo ou repetidos na vida diária. Como meio de
treinamento, ela deriva das modalidades esportivas, porém voltada para gestos
do dia a dia. O aluno sai das máquinas de musculação e passa a usar acessórios
que vão auxiliar nos exercícios. O pioneiro do método no país é Luciano D'Elia, que
treina atletas campeões como o nadador Cesar Cielo. Esta
ginástica teve seus estudos iniciados há mais ou menos cinco anos,
quando a prática de pilates começou a se popularizar nas academias
brasileiras.
Apesar
do recente reconhecimento além do universo esportivo profissional da
ginástica funcional, o treinamento funcional não é uma novidade,
afinal a funcionalidade do ser humano já foi uma questão de
sobrevivência. Na Grécia Antiga encontramos
os Jogos Olímpicos. Para melhoria da performance
os atletas gregos desenvolveram equipamentos e métodos de treinamento específicos
para superação de resultados. Esta prática, também foi aplicada na Roma Antiga,
entre os gladiadores.
Na atualidade o funcional, mantém a
sua essência como um método de treinamento físico, com a premissa básica de
melhoria da aptidão física relacionada à saúde ou
melhoria da aptidão física relacionada a performance e prevenção de lesão músculo esquelético . A vantagem deste
método de treinamento é a de atender tanto o indivíduo mais condicionado como o
menos condicionado, criando um ambiente dinâmico de treino.
Paul Chek desenvolveu um sistema de
treinamento funcional focado nos movimentos fundamentais do homem primitivo e
que são executados também no cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos
de: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar.
Algumas linhas de pesquisa sobre treinamento
funcional referem-se ao treinamento com instabilidade e/ou treinamento do core.
Podemos entender como treinamento do core um
programa de exercícios físicos que visa melhorar a capacidade de controlar a
posição e o movimento do tronco sobre a pelve e as pernas para permitir uma
ótima produção, transferência e controle da força e movimento para o segmento
distal, numa cadeia integrada de atividades. Desta forma o produto do controle
motor e da capacidade muscular do complexo lombo-pélvico-quadril é a
estabilidade do centro corporal (core).
O nome já diz: o funcional foi concebido para
tornar mais eficientes as funções do nosso corpo, como equilíbrio,
flexibilidade, potência, coordenação motora, agilidade e força. “O objetivo é
melhorar o padrão de execução dos nossos movimentos nas tarefas do dia a dia,
na academia e na prática de esportes”, fala o personal trainer Carlos Klein .
Malhação inteligente
O funcional veio para
revolucionar a maneira como você treina. “Até pouco tempo atrás, prevaleceu a
cultura de treino de força voltado para ganhar músculos e queimar calorias,
deixando de lado a qualidade do movimento”, observa Rafael Lund, personal trainer
da Clínica Spaço Heloísa Rocha, no Rio de Janeiro, que une o funcional a outras
técnicas para esculpir o corpo de clientes como Flávia Alessandra, Isis
Valverde e Deborah Secco.
A principal diferença em relação à musculação tradicional é trabalhar os músculos
de forma integrada, e não isolada – porque é assim que eles são exigidos na
vida real. “No funcional utilizamos os padrões fundamentais do movimento
humano, como empurrar, puxar, agachar, girar e lançar”, reforça Allan Menache,
treinador do Core 360º, maior empresa de formação em treinamento funcional no
país. “O resultado é um corpo equilibrado, forte (mas não necessariamente
musculoso), pronto para enfrentar desafios e resistente a lesões”, completa.
Quer saber o que mais o funcional pode fazer por você? Veja a seguir.
1. A barriga fica zerada sem sofrimento
Um dos pilares do treinamento funcional é o fortalecimento do core, o centro de
força do corpo, que inclui os músculos do abdômen, dos quadris e da região
lombar e responde pela estabilização da coluna vertebral. A sacada do funcional
é acionar essa musculatura em todos os exercícios, não só nos abdominais. Como
no afundo, por exemplo: para evitar que o corpo oscile e o movimento perca
efeito, o abdômen tem que estar ativado. Como em um movimento de rotação de
tronco: contraindo a barriga, você impede que os quadris girem, o que reduziria
o benefício do exercício. Resultado: barriga definida sem você perceber.
2. Você consegue músculos firmes...
2. “O treinamento funcional trabalha com pesos livres (barras, halteres, bolas,
kettlebells) e o peso do corpo (como na flexão de braço e no agachamento) para
estimular o ganho de massa muscular”, explica Allan Menache. Pode parecer mais
fácil do que usar os equipamentos de musculação, mas não é – quantas mulheres
você conhece capazes de completar várias flexões de braço com perfeição?
Diversos exercícios de força do funcional são familiares para quem já praticou
musculação, como o agachamento, o supino e a remada. Mas também há aqueles
ótimos para trabalhar a potência, como os arrancos e arremessos. “A ideia
principal é treinar movimentos e cadeias musculares, não músculos isolados”,
esclarece Rafael Lund.
3. ...e enxuga gordura
“Exercícios de arremesso, suspensão e agachamento recrutam vários músculos ao
mesmo tempo e quanto maior a mobilização muscular, maior o gasto calórico”,
fala Rafael Lund. Uma sessão de funcional gasta até 1 000 calorias, de acordo
com Allan Menache. “O programa pode ser criado com foco na perda de gordura,
envolvendo treinos intervalados e circuitos intercalando exercícios resistidos
(com pesos e elásticos) e estímulos aeróbicos como saltos ou deslocamentos”,
sugere. Os estudos mais recentes, aliás, mostram que o método mais eficiente
para queimar gordura é o treino intervalado de alta intensidade. “Você gasta
mais calorias fazendo 20 minutos de corrida intercalando tiros em velocidade
máxima e períodos de descanso do que correndo 40 minutos em ritmo moderado
constante”, diz Carlos Klein.
4. O corpo fica forte e feminino
Depois de aprimorar o condicionamento físico e restabelecer um bom padrão de
movimento na atividade física e nas tarefas cotidianas, vêm os benefícios
estéticos: músculos trabalhados de forma harmoniosa e muitas calorias
queimadas. “Se você consegue executar os exercícios com perfeição, vai treinar
melhor, por mais tempo e com mais intensidade. Assim, é claro, o resultado no
espelho será melhor”, destaca Carlos Klein.
5. Não há risco para o tédio
Sabendo usar os acessórios próprios para o funcional, a monotonia passa longe
das aulas, porque as possibilidades de exercícios são tantas que dá para fazer
um treino sempre diferente do outro e, ainda assim, exercitar o corpo inteiro
com eficiência.
6. O perigo de lesão cai
Como o foco do treinamento funcional é trabalhar os músculos de forma global, o
perigo de sobrecarregar uma ou outra parte do corpo e se machucar é menor.
Porém, como em qualquer atividade física, o ideal é contar com a orientação de
um profissional capacitado para a modalidade, se concentrar em dobro nos
movimentos e respeitar os limites do seu corpo enquanto se exercita.
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