Agência responsável por regular a concorrência na França aprova venda de medicamentos em supermercado.
RFI/Anthony Terrade
Um dos destaques dos jornais nesta manhã é a polêmica em
torno da venda em supermercados de certos medicamentos. A prática é
comum nos Estados Unidos, por exemplo, mas está longe de ser um consenso
aqui na França.
O jornal "Le Figaro" coloca o assunto na manchete e já explica
na capa quais são os motivos para a polêmica. O órgão responsável por
regular a concorrência na França, um equivalente do brasileiro Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica), deu seu parecer favorável
para a venda em supermercados de uma lista de medicamentos.A ressalva é que os produtos terão que ser vendidos em um espaço especial sob a responsabilidade de um farmacêutico. Mas o ministério da Saúde da França e a Ordem dos Farmacêuticos são contra essa liberação. O governo defende que os preços não serão necessariamente mais baixos nos supermercados.
Outra preocupação do governo é que as pessoas comprem medicamentos por impulso. Os farmacêuticos e o governo francês dizem ainda que os preços dos medicamentos na França já são os mais baixos da Europa.
Consumidores
Já algumas associações de direitos dos consumidores comemoram. O jornal "Aujourd'hui en France" afirma na capa que esse parecer pode acabar com o monopólio das farmácias. O diário lembra ainda que os remédios liberados são aqueles usados em automedicação, como remédios contra febre e contra dor e xaropes. Mas uma reportagem do próprio jornal lembra que, no Reino Unido, essa liberação já é antiga. O problema hoje é a venda de remédios pela internet. Atraídos pelos preços baixos, muitos britânicos têm comprado medicamentos falsos.
Economia francesa
Já no diário econômico "Les Echos" é o desempenho da economia mundial que aparece com destaque. O jornal analisa os dados do INSEE, órgão responsável pelas estatísticas oficiais na França, e mostra que a economia da França, do Reino Unido, da Alemanha e da Itália. Na França, o crescimento do PIB não deve ultrapassar 1% no ano que vem, o que coloca a França na lanterninha das principais economias mundiais.
Na avaliação do jornal, a economia da França vai demorar a decolar por causa de vários entraves como o consumo, que está praticamente estagnado. Quanto aos investimentos, as empresas preferem "esperar para ver" antes de tomarem novas decisões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário