Paracetamol facilitaria asma
Uso do medicamento por bebê pode aumentar risco da doença aos seis anos
Hong Kong - Bebês que consomem paracetamol podem ter mais risco de sofrer de asma e eczema quando tiverem 6 ou 7 anos, aponta estudo realizado com 205 mil crianças em 31 países. Segundo o trabalho, publicado na revista Lancet, o uso do paracetamol está associado a uma chance 46% maior de desenvolver asma. O trabalho indica ainda que o consumo da substância mais de uma vez por mês poderia até triplicar o risco da doença respiratória.
Os médicos já suspeitavam que houvesse uma associação dessa droga, muito usada no combate a febres e dores, com a asma. Segundo eles, o paracetamol reduz os antioxidantes do organismo. Alguns especialistas dizem que os antioxidantes impedem que radicais livres danifiquem o organismo, provocando doenças como o câncer. “O paracetamol pode reduzir os níveis de antioxidantes, e isso pode gerar um estresse oxidante nos pulmões e causar asma”, disse um dos pesquisadores, Richard Beasley, do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia.
O uso mensal do paracetamol também dobra o risco de eczema e triplica o de rinoconjuntivite — espirros, nariz escorrendo e congestão nasal — quando a criança atinge 6 ou 7 anos, diz o estudo. Apesar disso, os pesquisadores dizem que, como analgésico infantil, o paracetamol continua sendo preferível à aspirina.
Só para febre alta
A Organização Mundial da Saúde recomenda que o paracetamol só seja administrado em crianças em casos de febre superior a 38,5 graus, evitando-se o uso rotineiro. Outro estudo diz que aqueles que vivem com o nariz escorrendo, por causa de rinite ou alergias, tem 3,5 vezes mais chance de desenvolver asma. Um terceiro trabalho apontou que bebês com chiado na respiração podem ter asma em adultos.
Fonte: O Dia
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