Artimanhas da memória
Esqueceu? Saiba que tipo de informação o seu cérebro é capaz de armazenar
O que significa esquecer o nome de conhecido, não lembrar de um recado, de pagar uma conta ou não saber onde guardou as chaves? Um adulto ou jovem pode alegar distração, cansaço ou estresse. Já para alguém com idade mais avançada, a sensação de um possível declínio das capacidades mentais, muitas vezes, assombra e gera apreensão. O que poucos pensam nessas horas é que as falhas da memória podem também ser resultado da ação de um mecanismo natural de eliminação das informações irrelevantes. E que compreender esse mecanismo contribui para o aprimoramento da memória.
Segundo a geriatra e estudiosa da memória Tânia Guerreiro, professora da Universidade Aberta à Terceira Idade, da UERJ, envelhecer não significa naturalmente perda da memória. "Existem mudanças sutis que predispõem o indivíduo às falhas de memória, porém, idosos saudáveis, que exercitam regularmente o cérebro com atividades intelectuais instigadoras podem manter seu bom rendimento e até apresentar melhora em seu desempenho, sobretudo, quando orientados para isso", explica. Para ela, em qualquer idade é possível reconhecer e rever as próprias atitudes frente aos desafios da memória. "É preciso investir no autoconhecimento para se descobrir e desenvolver o próprio potencial".
Nesse sentido, as reações dos jovens ou dos idosos frente aos lapsos de memória podem estar um tanto equivocadas. "Tanto a conformidade quanto o alarmismo em relação às próprias falhas não favorecem o reconhecimento de suas origens e, conseqüentemente, retardam a necessária mudança de atitudes".
O aprendizado só se realiza quando se cuida do todo, ou seja, não adianta trabalhar só a atenção, a percepção visual, a memória e o raciocínio lógico, como sugerem alguns programas de ginástica cerebral. "Não adianta nada ensinar uma técnica de memorização se a pessoa não souber em que e como aplicá-la".
Para que se possa ter um melhor rendimento no aprendizado, é preciso juntar os cuidados com a saúde, o exercício das diversas funções mentais de maneira equilibrada e o conhecimento sobre como utilizar suas capacidades.
Uma das grandes dificuldades no aprimoramento da memória, é lidar com as próprias limitações.
"As pessoas tendem a fugir da dor e dos problemas".
Ao dividir os sentimentos, a pessoa entende que não se espera que ele seja infalível. Com isso adquirem uma postura diferente frente às dificuldades. "Eles têm menos medo de buscar entender o que aconteceu nos lapsos de memória. E usam essa procura não para se desculpar pelos erros, mas para fazer diferente".
Quando o seu pensamento “voar”, utilize um papel para fazer anotações relativas aos compromissos que sua mente vem se esforçando em lhe lembrar. Caso sua memória esteja lhe decepcionando, comprometendo o seu desempenho nas atividades diárias, procure um neurologista, geriatra ou neuropsicólogo para uma avaliação e orientação.
Acredite em sua capacidade de fixar novas informações. Não desdenhe de sua memória, isso não ajuda.
Afaste as preocupações, estabeleça prioridades, organize seu tempo. Mantenha-se alerta e presente nas suas atividades diárias. Sua memória agradece.
Coloque o coração em todas as suas atividades; viva plenamente. Lembre-se de que a emoção é a "cola" da memória.
Encare as dificuldades e perceba as situações novas como oportunidades de exercitar sua flexibilidade e capacidade de encontrar novas soluções.
Leia jornais, revistas e livros de estilos diferentes. Passeie, vá a shows, exposições e cinema. Em seguida, comente com seus amigos e familiares.
Participe de jogos e brincadeiras com amigos e parentes. Experimente novas vivências e novas aprendizagens. Não seja escravo da rotina.
Inclua cerais integrais, castanhas e passas na sua alimentação, pois são importantes fontes de nutrientes para manter cérebro em boa forma.
Fuja da "sedução do sofá"; praticando exercícios regularmente você conquista mais saúde e eleva o seu astral.
Fonte: http://www.oficinadamemoria.com/
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