As manifestações que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e os movimentos da Frente de Resistência Urbana estão promovendo hoje em 30 pontos estratégicos de 13 estados não são contra o governo federal, em defesa do impeachment da presidenta da República ou mesmo da volta dos militares ao poder.
No início da manhã, um grupo de cerca de 100 pessoas fechou o acesso à Ponte Rio-Niterói, ateando fogo a pneus na Avenida do Contorno, em Niterói, na região metropolitana do Rio, no fim da BR-101.
Segundo Guimarães, o movimento é uma forma de pressionar o governo a acelerar os trâmites para a implementação da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida e protestar contra as reformas, em particular contra o ajuste fiscal.
“Mas é bom que fique claro que o movimento não é contra o governo, ou a favor do impeachment da presidenta, ou ainda a favor da volta dos militares ao poder. Somos contra a intervenção militar, mas a favor da intervenção popular. A gente acha que qualquer impeachment, ou ditatura ou golpe militar só vai sufocar ainda mais os trabalhadores e quem defende isso é também contra os nossos interesses”, disse.
Com relação à posição do MSTS contrária ao ajuste fiscal, Guimarães acredita que ele só atende aos interesses dos banqueiros. As mobilizações desta quarta vão marcar posição contra a defesa de intervenção militar, o preconceito elitista e a intolerância. Defendemos ainda uma política de reformas populares”, ressaltou o dirigente.
Guimarães lembrou ainda que em outubro do ano passado os integrantes do MTST promoveram uma ocupação chamada de Zumbi dos Palmares. "Estamos esperando até hoje que a prefeitura apresente um estudo técnico do programa para que consigamos avançar na construção das moradias que foram acordadas no fim do ano passado como consequência da ocupação”
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