Drogas biológicas que revolucionaram o tratamento de doenças como o câncer começam a perder a patente
No começo dos anos 2000, os brasileiros se acostumaram com o termo genéricos. Cópias de produtos de marca, esses remédios logo se popularizaram por serem alternativas mais baratas. Hoje, representam 20% das vendas nas farmácias do país, permitindo uma redução de até 35% no custo dos tratamentos, segundo dados do governo federal. Agora, os pacientes deverão se habituar com um novo nome, que também descreve drogas mais em conta e tão eficazes quanto as já existentes: biossimilares.
Esses medicamentos são cópias dos chamados produtos biológicos, ou biofármacos. Essa classe de remédios envolve todos aqueles obtidos a partir de fluidos biológicos, de tecidos de origem animal ou por procedimentos biotecnológicos. Muitos são enzimas ou anticorpos produzidos naturalmente pelo corpo humano. Um exemplo bastante conhecido é o hormônio do crescimento, feito em laboratório para ajudar pessoas com deficiência da substância.
Nos últimos anos, porém, várias drogas biológicas começaram a surgir para melhorar o tratamento de doenças graves, como câncer e artrite reumatoide, representando uma verdadeira revolução. Alguns fármacos, por exemplo, conseguem atacar determinados cânceres sem gerar os efeitos colaterais da quimioterapia tradicional, como a perda de cabelo. O sucesso é tanto que, segundo uma análise do grupo EvaluatePharma, até 2018, sete dos 10 principais medicamentos no mundo serão biológicos. E o mais interessante, do ponto de vista do paciente: a patente de todos esses remédios vencerá nos próximos anos.
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