André Richter - Repórter da Agência Brasil
Deputados da bancada do PT em Minas Gerais pediram hoje
(19) à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado na Operação Lava Jato.
A representação foi protocolada pelos deputados federais Adelmo
Leão, Padre João e pelo deputado estadual Rogério Correa.
Em depoimentos de delação premiada, Aécio Neves foi citado
pelo doleiro Alberto Youssef, mas, em atendimento a um pedido da procuradoria, o ministro Teori Zavascki, do Supremo
Tribunal Federal (STF), entendeu que não há indícios mínimos
para abertura de inquérito contra o senador.
Segundo os parlamentares do PT, além dos fatos narrados
pelo doleiro na Lava Jato, a PGR deve investigar a "Lista de
Furnas", um suposto esquema de corrupção que veio à tona
em 2006, no qual políticos e partidos teriam recebido dinheiro
para "caixa dois" de campanha. Os valores seriam oriundos de
Furnas, empresa estatal de energia. Na época, a autenticidade
da lista foi questionada pela oposição.
Segundo os deputados, entre os citados na lista está "o então
candidato ao governo de Minas Gerais e hoje senador da
República, Aécio Neves".
"Os seguintes documentos, agora associados, apontam, no
mínimo, para a necessidade de se iniciar uma investigação
que efetivamente identifique os ilícitos perpetrados em
desfavor das empresas citadas e puna, com rigor, todos
os responsáveis e beneficiários dos delitos eventualmente
praticados em desfavor do erário", alegam os deputados.
Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto
Youssef, preso na Operação Lava Jato, declarou que o
esquema de pagamento de propina em Furnas começou
em 1994 e foi até 2000 ou 2001, mas não sabe se foi até
o final do mandato do ex-presidente Fernando Henrique
Cardozo. Ele relatou que os pagamentos pararam em
2000 ou 2001, porém, não sabe o motivo. O doleiro também disse que não sabe se o ex-presidente teve algum envolvimento.
Youssef também disse que "ouviu dizer" que o ex-deputado
José Janene (PP-PR), falecido em 2010, "dividia uma
diretoria de Furnas com o PSDB", por meio do então
deputado federal Aécio Neves. Na Lava Jato, Janene
foi apontado como operador do PP na Petrobras.
Perguntado quem era o operador do PSDB, Youssef
declarou que ouviu dizer, por meio de Janene, que
era uma irmã de Aécio Neves, mas que nunca teve
contato com eles.
Cópia do depoimento atribuído a Youssef ressalta o
seguinte:
"Que acredita que os valores do PSDB também eram
entregues em espécie, mas não sabe quanto e onde
eram entregues; que também não sabe como era a
divisão de valores entre Partido Progressista e PSDB;
que o declarante não teve contato com a irmã de Aécio
Neves, e mostrada uma foto de Andréa Neves, diz não
poder reconhecê-la, pois nunca teve contato com ela;
que também não sabe qualquer outro dado em relação
a ela; que nunca teve contato com Aécio Neves".
No dia 6 de março, após a divulgação da decisão do STF
que arquivou as declarações de Youssef, Aécio Neves
disse que recebeu o arquivamento como "uma homenagem".
Segundo ele, foram infrutíferas as "tentativas do governo"
de envolver a oposição na investigação.
O QUE QUE FALTA PARA O PGR INVESTIGAR O AMIGO DO MAGELA
E DONO DO AEROPORTO EM TERRAS DO TITIO (AÉCIO NEVES)
Nenhum comentário:
Postar um comentário