Mulheres que fazem acompanhamento médico periódico têm um horizonte otimista, já que o diagnóstico precoce do tumor aumenta as chances de cura.
Mesmo com os muitos tratamentos bem sucedidos e com o avanço da medicina, o câncer ganhou uma dimensão maior nas últimas décadas. No Brasil, as estimativas para 2015 apontam a ocorrência de aproximadamente 576 mil novos casos de câncer, incluindo os de pele não melanoma, sendo que destes, 274 mil vão acometer o público feminino, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Segundo a mastologista do COT – Centro Oncológico do Triângulo, Jackeline Guidoux, mulheres que fazem acompanhamento médico periódico têm um horizonte otimista, já que o diagnóstico precoce do tumor aumenta as chances de cura. “Entre as mulheres, os tipos mais incidentes são os de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e glândula tireoide. Para evitar esse mal, é preciso que desde a primeira menstruação a mulher consulte seu ginecologista regularmente, pois com o acompanhamento médico é mais fácil identificar a doença na fase inicial e, consequentemente, aumentar as chances de cura em 90%”, explica a mastologista.
No câncer de mama, tipo mais frequente, os sintomas são caracterizados por nódulo palpável (caroço) no seio ou na axila, acompanhado ou não de dor mamária, ou alterações mais graves na pele que recobre a mama, como aumento ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja e secreção. Os fatores de risco estão relacionados à vida reprodutiva da mulher (menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação acima dos 30 anos, anticoncepcionais orais, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal), história familiar de câncer de mama, alta densidade do tecido mamário e a idade, que contínua sendo o principal fator de risco para o câncer de mama. “Por isso, é importante fazer o autoexame, pelo menos uma vez ao mês e após os 35 anos fazer a mamografia anualmente”, afirma.
Já com relação ao câncer de colo do útero sua incidência maior é a partir da faixa etária de 20 a 29 anos, aumentando seu risco rapidamente até atingir o pico etário entre 50 e 60 anos. “A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento do câncer do colo de útero. É importante salientar que atualmente já existe vacina para este vírus. Os principais fatores de risco estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. Deve-se evitar o tabagismo, pois está diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados”, conta a especialista.
Para a prevenção de todos os tipos de câncer, a mastologista alerta que além do acompanhamento médico regular, a mudança de hábitos hoje é um fator importante de precaução. “A prevenção é feita pelo paciente, através da mudança dos hábitos de vida como alimentação saudável, não fumar, não beber e praticar atividades físicas regularmente. Tais mudanças são responsáveis por evitar até 40% de todos os tipos de câncer, inclusive o de mama”, finaliza Jackeline Guidoux.
Nenhum comentário:
Postar um comentário