O descongestionante nasal tem uma venda muito grande, está entre as cinco medicações mais usadas sem receituário, o que é algo preocupante.
Segundo o dr. Arnaldo Guilherme Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o descongestionante nasal tem uma venda muito grande, está entre as cinco medicações mais usadas sem receituário, o que é algo preocupante. “Outro fator importante a se destacar é que o seu uso indiscriminado pode levar ao vício e questões mais graves de saúde”, comenta.
O nariz é um local muito vascularizado e, quando entope, há a dilatação das veias, dificultando a respiração. O descongestionante nasal atua como vasoconstritor e faz com que os vasos sanguíneos nas membranas mucosas desinchem e a pessoa consiga respirar normalmente.
Se o uso não for prolongado, por até 5 dias, pode ajudar a trazer o alívio nos períodos de gripes e resfriados. Mas, aplicar o descongestionante nasal continuamente, por mais de 10 dias, pode acarretar problemas cardíacos, risco de trombose, arritmia cardíaca e até infarto do miocárdio. E a medicação deve ser indicada por um médico. O Dr. Arnaldo ainda ressalta que há um risco do “efeito rebote”, ou seja, o organismo vai precisar cada vez uma dose maior, em menor tempo, para conseguir o mesmo resultado.
“Procure sempre ajuda de um especialista antes de se automedicar para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras”, explica o especialista.
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