sintomas da gripe e da dengue
Em março o verão termina e o outono começa. Com as temperaturas mais amenas, os casos de gripe podem aumentar, principalmente no Sul e Sudeste do País. “Como as chuvas devem continuar frequentes por mais algumas semanas, o ambiente continua propício para a disseminação do mosquito da dengue. Por isso, muita gente se confunde com os sintomas nessa época”, afirma o Dr. Alberto Chebabo, infectologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica.
Mesmo com a mudança de estação, é provável que o quadro ainda exija atenção redobrada por um tempo. Segundo o Dr. Chebabo, devido a esse cenário, muitas pessoas procuram atendimento médico acreditando estar com a doença, quando na verdade estão com gripe.
Aumento de casos
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a cidade teve um aumento de 163% dos casos de dengue nas seis primeiras semanas do ano. Comparando com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 139% nos casos de dengue em todo País durante os dois primeiros meses do ano. Ao todo, foram 174,67 mil registros.
Sintomas
Os sintomas da gripe e da dengue costumam ser bem parecidos, já que ambas podem causar dor de cabeça, no corpo, no fundo dos olhos, mal estar e febre alta. O médico explica que “a principal diferença é que a pessoa com gripe também apresenta coriza, espirros, dor na garganta, tosse e secreções nasais, o que não acontece nos infectados pela dengue”.
O surgimento de manchas vermelhas pelo corpo também é um diferencial, pois é um sintoma típico de quem está com dengue. “Se houver dúvidas, o paciente deve procurar seu médico para realizar os exames indicados. Atualmente, os resultados ficam prontos rapidamente, facilitando o início do tratamento”.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce também pode evitar complicações. “Os pacientes infectados com dengue não podem consumir uma série de medicamentos sob o risco de piora do quadro. Antitérmicos que tenham ácido acetilsalecílico e anti-inflamatórios devem ser evitados. Daí a importância do diagnóstico correto”, ressalta o médico.
DRA. ANA RESPONDE
Febre: como saber se é dengue?
Todos os dias nos deparamos com as estatísticas da dengue apontando aumento expressivo do número de casos, na grande maioria dos municípios brasileiros.
Resultado: quem tem febre fica naturalmente preocupado com os próximos passos. Quem procurar? Como ter certeza do diagnóstico? Quais medicamentos estão indicados? E quais, principalmente, são os contraindicados?
Vamos entender questões importantes para tomar as condutas e atitudes corretas.
1. Estou com febre. O que fazer?
MUITA ATENÇÃO: algumas medicações estão formalmente contraindicadas na suspeita de dengue. É o caso do ácido acetilsalicílico. Por isso, muito cuidado com todos os medicamentos, mas essencialmente com os antigripais. Vários deles contém ácido acetilsalicílico em suas fórmulas. Todos os medicamentos que o contém não devem, portanto, ser utilizados. Recomenda-se baixar a febre com o paracetamol ou dipirona.
Resultado: quem tem febre fica naturalmente preocupado com os próximos passos. Quem procurar? Como ter certeza do diagnóstico? Quais medicamentos estão indicados? E quais, principalmente, são os contraindicados?
Vamos entender questões importantes para tomar as condutas e atitudes corretas.
1. Estou com febre. O que fazer?
MUITA ATENÇÃO: algumas medicações estão formalmente contraindicadas na suspeita de dengue. É o caso do ácido acetilsalicílico. Por isso, muito cuidado com todos os medicamentos, mas essencialmente com os antigripais. Vários deles contém ácido acetilsalicílico em suas fórmulas. Todos os medicamentos que o contém não devem, portanto, ser utilizados. Recomenda-se baixar a febre com o paracetamol ou dipirona.
Outro grupo de medicamentos contraindicados na suspeita de dengue são os antiinflamatórios não hormonais como, por exemplo, ibuprofeno, nimesulida ou diclofenaco. Por isso, fique atento à bula e evite consumir quaisquer medicamentos sem orientação médica.
2. Quando procurar o Serviço de Saúde?
Várias doenças infecciosas começam com febre. Dengue inclusive. Por isso, entenda quais os sintomas mais característicos da dengue para saber quando procurar o serviço de saúde. Se juntamente com a febre você apresentar dores pelo corpo, principalmente dor atrás do olho, dor de cabeça, cansaço, enjoo, vômitos ou mal-estar, há uma chance de ser dengue e, por isso, procure um serviço de saúde, ainda mais se você estiver em uma região onde sabidamente há casos de dengue. Lembre-se de que estes sintomas iniciais podem se confundir com os de uma gripe. Mas só o médico é que pode definir a diferença.
3. Quando ir diretamente ao pronto-socorro?
PRESTE ATENÇÃO AOS SINAIS DE ALERTA: se, além dos sintomas acima descritos, você apresentar um dos seguintes sinais de alarme: episódios de sangramento, especialmente em gengivas ou nariz, manchas vermelhas ou bolinhas roxas pelo corpo, vômitos persistentes, dores abdominais, dores articulares, sonolência ou irritabilidade, pouco xixi, episódios de queda de pressão ou temperatura baixa, vá IMEDIATAMENTE ao pronto-socorro para ser avaliado. Estes sinais podem indicar formas potencialmente mais graves de dengue. Lembre-se: quanto antes o diagnóstico for definido e o tratamento iniciado, melhor.
4. Quais são os grupos de risco?
Crianças e adolescentes com menos de 15 anos, adultos com mais de 60 anos, gestantes e portadores de doenças crônicas. Estes são os grupos mais vulneráveis a dengue. Por isso, é fortemente mandatório que todas estas pessoas, na suspeita de dengue, façam um hemograma completo com plaquetas, mesmo que não tenham nenhum sinal de sangramento. Saliente-se que este exame também deve ser realizado por todas as pessoas, independentemente de estarem no grupo de risco, que também suspeitem de dengue como um diagnóstico provável.
5. Como confirmar o diagnóstico de dengue?
Além do quadro clínico que é sugestivo de dengue, há 2 testes laboratoriais que podem ser feitos para definir o diagnóstico: um teste que conhecemos como “prova rápida” e pode ser feito nos primeiros sintomas da doença. Este teste detecta uma proteína específica do vírus em nosso sangue. No entanto, o diagnóstico preciso é feito com a sorologia, que detecta a presença de anticorpos específicos contra o vírus da dengue no organismo. Esta, porém, torna-se positiva apenas depois dos 5 primeiros dias de doença.
6. Quais as medidas gerais para pessoas com suspeita de dengue?
Dengue não tem um tratamento específico e nem vacina. Por isso, fique atento às orientações relativas aos sinais de alerta e grupos de risco.
Além disso, é importante ingerir bastantes líquidos, mais que o habitual, como chás, sucos de frutas, leite, água de coco ou água. Não se esqueça também de tomar, de gole em gole, mas com muita frequência, soro de reidratação oral. Hidrate-se bem.
Faça repouso. Descanse o corpo e a cabeça. Para aliviar os sintomas ou a febre, utilize apenas paracetamol ou dipirona.
2. Quando procurar o Serviço de Saúde?
Várias doenças infecciosas começam com febre. Dengue inclusive. Por isso, entenda quais os sintomas mais característicos da dengue para saber quando procurar o serviço de saúde. Se juntamente com a febre você apresentar dores pelo corpo, principalmente dor atrás do olho, dor de cabeça, cansaço, enjoo, vômitos ou mal-estar, há uma chance de ser dengue e, por isso, procure um serviço de saúde, ainda mais se você estiver em uma região onde sabidamente há casos de dengue. Lembre-se de que estes sintomas iniciais podem se confundir com os de uma gripe. Mas só o médico é que pode definir a diferença.
3. Quando ir diretamente ao pronto-socorro?
PRESTE ATENÇÃO AOS SINAIS DE ALERTA: se, além dos sintomas acima descritos, você apresentar um dos seguintes sinais de alarme: episódios de sangramento, especialmente em gengivas ou nariz, manchas vermelhas ou bolinhas roxas pelo corpo, vômitos persistentes, dores abdominais, dores articulares, sonolência ou irritabilidade, pouco xixi, episódios de queda de pressão ou temperatura baixa, vá IMEDIATAMENTE ao pronto-socorro para ser avaliado. Estes sinais podem indicar formas potencialmente mais graves de dengue. Lembre-se: quanto antes o diagnóstico for definido e o tratamento iniciado, melhor.
4. Quais são os grupos de risco?
Crianças e adolescentes com menos de 15 anos, adultos com mais de 60 anos, gestantes e portadores de doenças crônicas. Estes são os grupos mais vulneráveis a dengue. Por isso, é fortemente mandatório que todas estas pessoas, na suspeita de dengue, façam um hemograma completo com plaquetas, mesmo que não tenham nenhum sinal de sangramento. Saliente-se que este exame também deve ser realizado por todas as pessoas, independentemente de estarem no grupo de risco, que também suspeitem de dengue como um diagnóstico provável.
5. Como confirmar o diagnóstico de dengue?
Além do quadro clínico que é sugestivo de dengue, há 2 testes laboratoriais que podem ser feitos para definir o diagnóstico: um teste que conhecemos como “prova rápida” e pode ser feito nos primeiros sintomas da doença. Este teste detecta uma proteína específica do vírus em nosso sangue. No entanto, o diagnóstico preciso é feito com a sorologia, que detecta a presença de anticorpos específicos contra o vírus da dengue no organismo. Esta, porém, torna-se positiva apenas depois dos 5 primeiros dias de doença.
6. Quais as medidas gerais para pessoas com suspeita de dengue?
Dengue não tem um tratamento específico e nem vacina. Por isso, fique atento às orientações relativas aos sinais de alerta e grupos de risco.
Além disso, é importante ingerir bastantes líquidos, mais que o habitual, como chás, sucos de frutas, leite, água de coco ou água. Não se esqueça também de tomar, de gole em gole, mas com muita frequência, soro de reidratação oral. Hidrate-se bem.
Faça repouso. Descanse o corpo e a cabeça. Para aliviar os sintomas ou a febre, utilize apenas paracetamol ou dipirona.
Vale sempre lembrar que o mosquito contaminado pode estar nas redondezas de nossas casas, escolas ou trabalho. Evite a proliferação destes pernilongos. Faça sua parte. O controle da dengue depende também de nossa ação em conjunto.
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