BRASÍLIA - Paim se reuniu segunda-feira, em São Paulo, com o ex-presidente Lula e disse que não tem condições de votar a favor das MPs 664 e 665, do ajuste fiscal, que restringem a concessão de benefícios trabalhistas. Ouviu de Lula que não deve trair sua consciência e que “em nenhum lugar está escrito que ele tem que votar como quer o governo”. Na reunião, da qual participou também o presidente da CUT, Vagner Freitas, foi feita avaliação de que a presidenta Dilma precisa ceder e flexibilizar as mudanças nas regras do seguro-desemprego e do abono salarial.
Lula defendeu que o governo se abra a um grande acordo em torno das MPs, unindo posições da equipe econômica, dos sindicalistas e do Congresso.
Paim disse que não tenho como votar a favor dessas medidas, o governo está propondo um arrocho social. Há muito descontentamento interno, outros senadores também estão reclamando. A situação é de constrangimento, não sou só eu que penso assim. Decidi que entre votar contra o trabalhador e o aposentado, prefiro voltar para casa — disse Paim, há 29 anos no Parlamento.
Paim disse que as conversas com ministros não avançam, mostrando que o governo está ouvindo as ponderações, mas não as atenderá.
Paim disse que ainda vai esperar as votações das MPs, mas que já está conversando com outras legendas, entre elas PMDB, PDT e PSB.
Disse também que não vai sair do partido
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