Depois da queda do segundo ministro em 17 dias, sobem as apostas em Brasília sobre quem será a bola da vez. Palpites não faltam. Faça o seu que eu tenho o meu. Os defensores da ordem sem progresso já reclamam de vazamentos seletivos para atingir apenas ministros de Temer. Mas quem vaza (quem é mesmo?) pode apenas escolher a ordem. Machado gravou a sua turma, a do PMDB, logo a de Temer. Não deve ter ficado nos já revelados Renan, Jucá, Sarney e o ministro caído da Transparência, Fabio Silveira.
Tem gravação com Temer? Esta é a outra pergunta que assusta uns e excita outros. Tenha ou não tenha, o gravador ameaça a votação de agosto no Senado, para condenar Dilma e efetivar Temer como presidente. Primeiro porque alguns senadores já questionam o voto pelo impeachment depois das confissões de que ele foi inventado para conter a Lava Jato e “estancar a sangria” de caciques. Se sobrarem cinco é muito, disse Machado, que sabe das coisas. Depois, porque Renan Calheiros vai se tornando cada vez mais uma incógnita. Reiterou em nota ontem que não indicará ninguém para o governo. Não negou nem admitiu ter indicado Silveira mas escreveu que estará fora, para preservar a independência do poder que representa. Opa! Isso é grave para o Planalto. Dilma ouviu esta conversa antes e deu no que deu.
O resto, o governo vai cavando. Uma briga aqui, outra ali, medidas impopulares a caminho da Câmara, e tome rejeição interna e externa. Afinal, quando é mesmo que os institutos de pesquisa vão aferir a aprovação ao Governo. Está demorando um pouco. Alô, Ibope e Datafolha, precisando de pesquisadores?
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