6.01.2016

Para o MP, delação da OAS só vale se for contra Lula



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Reportagem dos jornalistas Mario Cesar Carvalho e Bela Megale, publicada nesta quarta-feira, aponta a tentativa de direcionamento da delação premiada do executivo Léo Pinheiro, da OAS, pelo Ministério Público; segundo eles, a delação de Pinheiro travou porque ele se negou a incriminar o ex-presidente Lula nos episódios do "triplex do Guarujá" e do "sítio em Atibaia"; no primeiro caso, o presidente diz ter feito as obras por vontade própria, sem que Lula prometesse nada em troca; no segundo, as reformas teriam sido feitas a pedido de Paulo Okamotto – e não do ex-presidente; como os procuradores não gostaram das explicações, travaram toda a delação – o que pode mandar Léo Pinheiro de volta para a prisão Uma reportagem dos jornalistas Mario Cesar Carvalho e Bela Megale, publicada nesta quarta-feira, aponta a tentativa de direcionamento da delação premiada do executivo Léo Pinheiro, da OAS, pelo Ministério Público (leia mais aqui). Segundo os dois jornalistas apuraram, a delação de Pinheiro travou porque ele se negou a incriminar o ex-presidente Lula nos episódios do "triplex do Guarujá" e do "sítio em Atibaia".
No primeiro caso, o presidente diz ter feito as obras por vontade própria, sem que Lula prometesse nada em troca.
No segundo, as reformas teriam sido feitas a pedido de Paulo Okamotto – e não do ex-presidente.
"A reforma do sítio, de acordo com o empresário, foi solicitada em 2010, no último ano do governo Lula, por Paulo Okamotto, que preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as obras no sítio", diz a reportagem. "Já a reforma no tríplex do Guarujá, pela versão de Pinheiro, foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente. A empresa gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a delação, em versão igual à apresentada por Lula."
Como os procuradores não gostaram das explicações, travaram toda a delação – o que pode mandar Léo Pinheiro de volta para a prisão.
Em sua pré-delação, Pinheiro havia relatado propinas na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais, nos governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB.

Chico Vigilante sobre delação travada da OAS: “escândalo, indecência”

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Após reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, que aponta que a delação de Léo Pinheiro, sócio da OAS, está parada por ele não ter incriminado o ex-presidente Lula, o deputado Chico Vigilante (PT-DF) disse estar "claro que o depoimento feito pelo sócio da OAS não agradou aos procuradores"; "Eu espero que tanto o Conselho Nacional do Ministério Público quanto o Supremo Tribunal Federal se pronunciem e tomem providências com urgência contra esse ultraje", cobra o parlamentar

Um comentário:

Anônimo disse...

Para o MP, delação da OAS só vale se for contra Lula.

SÓ O LULA ME INTERESSA,