1.12.2012

Carne vermelha está associado ao aumento da incidência de acidente vascular cerebral (AVC)

Nutrição

Substituir carne vermelha por frango pode diminuir risco de AVC

Estudo observou que, enquanto consumo de carne vermelha aumenta chances de derrames, aves, peixes e leite são benéficos na prevenção do problema

Carne vermelha: o consumo do alimento pode aumentar risco de AVC, mas substituí-lo por frango ou peixe, por exemplo, diminui essa chance Carne vermelha: o consumo do alimento pode aumentar risco de AVC, mas substituí-lo por frango ou peixe, por exemplo, diminui essa chance (Thinkstock)
Enquanto o consumo de carne vermelha está associado ao aumento da incidência de acidente vascular cerebral (AVC), a ingestão de outras proteínas, principalmente das vindas de aves, está associada à diminuição desse risco. É o que conclui uma nova pesquisa feita pelo Instituto de Bem Estar da Clínica de Cleveland, nos Estados Unidos, e publicada na versão online do periódico Stroke.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Dietary Protein Sources and the Risk of Stroke in Men and Women

Onde foi divulgada: periódico Stroke

Quem fez: Adam M. Bernstein, An Pan, Kathryn M. Rexrode, Meir Stampfer, Frank B. Hu, Dariush Mozaffarian e Walter C. Willett

Instituição: Instituto de Bem Estar da Clínica de Cleveland, Estados Unidos

Dados de amostragem: 84.010 mulheres de 30 a 35 anos e 43.150 homens de 40 a 75 anos

Resultado: Homens que consumiam mais carne vermelha tinham 28% mais chances de terem um AVC, e mulheres, 19%. Substituir uma proção de carne vermelha por uma de frango reduziu em 27% o risco de derrame cerebral; por uma porção de peixe ou castanhas reduziu em 17%; e por leite, diminuiu essa taxa em 11%.
Os pesquisadores aplicaram questionários durante 26 anos a 84.010 mulheres com idades entre 30 e 35 anos e a 43.150 homens de 40 a 75 anos. Quando o estudo começou, nenhum deles tinha câncer diagnosticado, diabetes ou doença cardiovascular. Durante esse período, foram registrados 2.633 casos de AVC entre as mulheres e 1.397 entre os homens. Para observarem a relação entre incidência de derrames e hábitos alimentares, os pesquisadores dividiram os participantes em grupos de acordo com a quantidade de carne vermelha, aves, peixes, laticínios e outras fontes de proteína que normalmente ao dia.
Carne vermelha– Os resultados mostraram que homens que ingeriam mais de duas porções de carne vermelha ao dia — o equivalente a uma carne de 120 a 170 gramas — e que representavam o grupo que mais consumia o alimento, tiverem um aumento de 28% no risco de derrame quando comparados com aqueles que comiam, em média, um terço de uma porção de carne vermelha por dia, que era a quantidade correspondente ao grupo que menos comia o alimento.
Em relação às mulheres, aquelas que consumiam perto de duas porções de carne ao dia tinham 19% a mais de chances de terem um AVC do que mulheres que comiam menos da metade de uma porção do alimento ao dia.
Outras proteínas– Quando observado o consumo de outros alimentos, os pesquisadores puderam concluir que aqueles que substituíam uma porção de carne vermelha ao dia por uma porção de ave reduziam o risco de derrame em 27%. Essa redução foi de 17% quando trocavam a carne vermelha por uma porção de castanhas ou peixe, e 11% por uma porção de leite. O estudo não observou associações significativas com a substituição de carne vermelha por legumes ou ovos.
"A mensagem principal deste trabalho é que o tipo de proteína ou o conjunto de proteínas que comemos é muito importante para o risco de acidente vascular cerebral. Temos que considerar a proteína no contexto dos alimentos", disse Frank Hu, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard e um dos autores do estudo, à agência Reuters.

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