MMA, a barbárie
Eles choram, cozinham, fazem faxina e conversam. São seres humanos como nós. É isso que The Ultimate Fighter, o novo reality sobre os lutadores de MMA (sigla para artes marciais em inglês) quer provar.
O reality é transmitido pela tevê Globo aos domingos à meia-noite. Os 12 remanescentes episódios servirão como um excelente substituto para soníferos. Pelo menos funcionou para mim na estreia, no domingo 25.
Inspirado no Big Brother Brasil, The Ultimate Fighter consegue ser ainda mais fastidioso. Isso porque vemos 32 brutamontes confinados numa casa no Rio de Janeiro. E não tem biquíni. E nem sexo – consta que ontem não houve nenhuma cena de duplas ou grupos se cobrindo com edredons nas suas camas.
Vai saber o que ainda vai rolar naquela casa.
Essas artes marciais envolvem jiu-jitsu e aqueles golpes de luta greco-romana nos quais os valentes lutadores, todos a expor seus torsos nus, ficam enroscados por longos períodos com objetivo de imobilizar o rival. Claro, há momentos mais viris em que trocam socos, cotoveladas, aplicam joelhadas e chutes.
Os 32 atletas do reality são divididos em dois grupos de 16, um capitaneado por Vitor Bedfort, o outro por Wanderlei Silva. O prêmio será um contrato para lutar no UFC, o principal campeonato mundial de MMA.
Só haverá uma luta por edição, o que é uma pena para aqueles telespectadores sequiosos por cenas de violência inaudita. Mas pelo menos se contentarão vendo os seus ídolos a jogar pebolim e sinuca, na piscina, a meditar na área zen (alguns deles meditam), e dando murros em sacos de areia. Os atletas só podem sair da casa para inflar ainda mais seus músculos em uma academia.
Não causa maiores surpresas o fato de The Utimate Fighter, lançado nos EUA em 2005, ter sido exportado pela primeira vez para o Brasil. De fato, o pessoal da Globo neste país macdonalizado sequer mudou o título do reality, já que aqui The Ultimate Fighter tem maior impacto nos brasileiros com complexo de vira-lata. Da mesma forma, essa turma agora prefere dizer, ao encomendar uma pizza, “é para delivery”.
Na França, onde o MMA é proibido, a pizza “para entrega”, como se dizia em tempos idos, é ainda “pour emporter”. Mas aqui, como naquele país, temos, felizmente, pessoas sensatas.
Uma delas responde por José Mentor, deputado federal (PT-SP) que quer proibir a cobertura do MMA na tevê. O projeto de lei que propôs em 2009 continua em tramitação na Câmara.
Em recente texto no diário Folha de São Paulo, Mentor lembra que o “MMA não tem a ver com as lutas de judô, taekwondo ou boxe, modalidades com regras previstas em competições olímpicas ou mesmo profissionais.
Mentor lembra, ainda, que Éder Jofre, o bicampeão mundial de boxe, “é um dos veementes opositores do MMA, que tem pouco de esporte e muito de ‘briga de rua’, onde vale tudo”.
Mentor escreve que ainda não há levantamentos sobre quantos lutadores de MMA perderam a vida. O deputado sabe, porém, de três casos de mortos, dois deles nos EUA, em 13 anos de luta. Em dezembro, o brasileiro Antônio Rodrigo Nogueira, mais conhecido como o Minotauro, quebrou o braço, no qual foram inseridos 17 pinos metálicos.
Por que Mentor não consegue acabar com o MMA?
De saída, o “esporte” tem enorme audiência. Certamente com inclinações sádicas, os fãs dessa “briga de rua” amam a violência perpetrada por modernos gladiadores. E o UFC, avaliado em mais de 1 bilhão de dólares, e a Globo têm muito poder.
O reality é transmitido pela tevê Globo aos domingos à meia-noite. Os 12 remanescentes episódios servirão como um excelente substituto para soníferos. Pelo menos funcionou para mim na estreia, no domingo 25.
Inspirado no Big Brother Brasil, The Ultimate Fighter consegue ser ainda mais fastidioso. Isso porque vemos 32 brutamontes confinados numa casa no Rio de Janeiro. E não tem biquíni. E nem sexo – consta que ontem não houve nenhuma cena de duplas ou grupos se cobrindo com edredons nas suas camas.
Vai saber o que ainda vai rolar naquela casa.
Essas artes marciais envolvem jiu-jitsu e aqueles golpes de luta greco-romana nos quais os valentes lutadores, todos a expor seus torsos nus, ficam enroscados por longos períodos com objetivo de imobilizar o rival. Claro, há momentos mais viris em que trocam socos, cotoveladas, aplicam joelhadas e chutes.
Os 32 atletas do reality são divididos em dois grupos de 16, um capitaneado por Vitor Bedfort, o outro por Wanderlei Silva. O prêmio será um contrato para lutar no UFC, o principal campeonato mundial de MMA.
Só haverá uma luta por edição, o que é uma pena para aqueles telespectadores sequiosos por cenas de violência inaudita. Mas pelo menos se contentarão vendo os seus ídolos a jogar pebolim e sinuca, na piscina, a meditar na área zen (alguns deles meditam), e dando murros em sacos de areia. Os atletas só podem sair da casa para inflar ainda mais seus músculos em uma academia.
Não causa maiores surpresas o fato de The Utimate Fighter, lançado nos EUA em 2005, ter sido exportado pela primeira vez para o Brasil. De fato, o pessoal da Globo neste país macdonalizado sequer mudou o título do reality, já que aqui The Ultimate Fighter tem maior impacto nos brasileiros com complexo de vira-lata. Da mesma forma, essa turma agora prefere dizer, ao encomendar uma pizza, “é para delivery”.
Na França, onde o MMA é proibido, a pizza “para entrega”, como se dizia em tempos idos, é ainda “pour emporter”. Mas aqui, como naquele país, temos, felizmente, pessoas sensatas.
Uma delas responde por José Mentor, deputado federal (PT-SP) que quer proibir a cobertura do MMA na tevê. O projeto de lei que propôs em 2009 continua em tramitação na Câmara.
Em recente texto no diário Folha de São Paulo, Mentor lembra que o “MMA não tem a ver com as lutas de judô, taekwondo ou boxe, modalidades com regras previstas em competições olímpicas ou mesmo profissionais.
Mentor lembra, ainda, que Éder Jofre, o bicampeão mundial de boxe, “é um dos veementes opositores do MMA, que tem pouco de esporte e muito de ‘briga de rua’, onde vale tudo”.
Mentor escreve que ainda não há levantamentos sobre quantos lutadores de MMA perderam a vida. O deputado sabe, porém, de três casos de mortos, dois deles nos EUA, em 13 anos de luta. Em dezembro, o brasileiro Antônio Rodrigo Nogueira, mais conhecido como o Minotauro, quebrou o braço, no qual foram inseridos 17 pinos metálicos.
Por que Mentor não consegue acabar com o MMA?
De saída, o “esporte” tem enorme audiência. Certamente com inclinações sádicas, os fãs dessa “briga de rua” amam a violência perpetrada por modernos gladiadores. E o UFC, avaliado em mais de 1 bilhão de dólares, e a Globo têm muito poder.
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