12.11.2013

União Europeia considera aspartame seguro

Órgão regulador da região diz que não encontrou riscos à saúde depois de revisão científica sobre a substância

Estudos relacionavam aspartame a câncer e partos prematuros

O GLOBO
Adoçantes encontrados no mercado. Nos Estados Unidos, estudos geraram preocupação na população
Foto: TONY CENICOLA / NYT
Adoçantes encontrados no mercado. Nos Estados Unidos, estudos geraram preocupação na população TONY CENICOLA / NYT
BRUXELAS - O adoçante artificial aspartame - muito usado em refrigerantes diet - não representa risco para a saúde quando em níveis de consumo aprovados, informou a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (Aesa). Isto é visto como uma vitória para companhias como a Coca-cola, que usa a substância em alguns de seus produtos.
Em agosto, a empresa publicou anúncios em prol do aspartame em jornais americanos. Estudos relacionavam a substância a riscos à saúde, incluindo câncer e parto prematuro. Isto levou à queda das vendas de refrigerante diet nos Estados Unidos.
Mas reguladores de alimentos dos dois lados do Atlântico questionaram os resultados, apontando para sua falta de dados. Na última revisão científica, a Aesa disse não ter encontrado evidências de seu risco à saúde quando dentro “consumo diário aceitável”, que é de 40 miligramas por quilo (mg/kg) do total do peso corporal.
“Este parecer representa uma das avaliações de risco mais abrangentes de aspartame já realizadas”, disse em comunicado Alicja Mortensen, presidente do Painel sobre Aditivos Alimentares e Fontes de Nutrientes Adicionados aos Alimentos (ANS Panel). “É um passo a frente no reforço da confiança do consumidor sobre a base científica do sistema de segurança alimentar da União Europeia e da regulação sobre aditivos alimentares.
Uma lata de refrigerante diet geralmente contém cerca de 180 miligradas de aspartame, o que significa que um adulto com peso de 75 kg precisaria beber mais de 16 latas por dia para exceder os níveis apontados pela regulação europeia. Nos Estados Unidos, este nível é um pouco maior: de 50 mg/kg.
O aspartame é aproximadamente 200 vezes mais doce do que o açúcar. A liberação para uso na União Europeia ocorreu em 1994 e tem sido alvo de várias revisões científicas por reguladores da região.

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