A despedida foi discreta, mas não faltaram os amigos da ciência e os companheiros da música. Paulo Emílio Vanzolini se apaixonou pela biologia ainda menino, durante um passeio de bicicleta no Instituto Butantan.
A despedida foi discreta, mas não faltaram os amigos da ciência e os companheiros da música. Paulo Emílio Vanzolini se apaixonou pela biologia ainda menino, durante um passeio de bicicleta no Instituto Butantan.
Formou-se médico, mas queria mesmo era estudar répteis e anfíbios. Foi para os Estados Unidos, virou doutor em zoologia na Universidade de Harvard e realizou um sonho.
“Eu queria trabalhar em museu. Esse era o melhor museu que tinha no Brasil e vim trabalhar aqui", disse Paulo Emílio.
Mas esse paulistano também tinha outra paixão. Paulo Vanzolini nunca estudou música, mas gostava de ouvir rádio, andar pelas ruas de São Paulo e se sentar nos bares. Esses hábitos deram a ele os temas favoritos e a inteligência e a alma de poeta fizeram o resto.
Como cientista incansável, Vanzolini percorreu o Brasil e descreveu pelo menos 30 novas espécies, doou sua biblioteca para a USP e ajudou a criar a Fapesp, uma das principais instituições de fomento a pesquisa do país.
"Ele era um homem plural e tinha uma unidade dentro dessa diversidade", comenta o presidente da Fapesp, Celso Lafer.
União perfeita entre ciência e arte que deu a última composição um tom de despedida.
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