BOSTON, EUA - Pesquisadores desenvolveram um modelo global para ulares
estimar o risco de doenças cardiovasculares. Com isso, o objetivo é
auxiliar na prevenção individual, além de levantar estatísticas de
países. Segundo um dos autores do modelo, Goodarz Danaei,
professor de Saúde Global em Harvard, a ferramenta serviria
tanto para profissionais tomarem decisões em relação a seus
pacientes quanto a governos alocarem recursos para prevenção
dessas doenças.
— Qualquer população que tem dados sobre doenças
cardiovasculares poderia se beneficiar. Faremos predições
para todas as populações — afirma Goodarz Danaei
, destacando que o modelo vem sendo desenvolvido há dois anos
e que nos próximos meses o foco será em analisar o risco de
todos os países. — Este modelo pode ser usado para monitorar
o progresso na prevenção de doenças em indivíduos com alto
risco em países em desenvolvimento.O projeto foi criado
pela Universidade de Harvard, dos EUA, e pelo Imperial
College London, do Reino Unido, e foi publicado na edição
on-line desta quarta-feira, do “The Lancet Diabetes
& Endocrinology”. Para desenvolver o modelo, que estará
disponível até o final do ano (no site:http://www.globorisk.org),
os pesquisadores analisaram informações de mais de
500 mil participantes em oito estudos de longo prazo, os
quais incluíram dados sobre pressão arterial, colesterol,
diabetes e fumo, além de gênero e idade. Esses mesmos
indicadores serão usados no modelo para definir uma
equação do risco para as doenças.
FOCO EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
Os pesquisadores já usaram estes dados para gerar diagramas
de risco das doenças num período de dez anos para 11 países
em diferentes regiões do mundo. Os riscos mais baixos
foram para Coreia do Sul, Espanha, Japão e Dinamarca
e os mais altos, para República Tcheca, China e México.
No primeiro grupo de países, apenas de 5% a 10% dos
homens e mulheres têm mais de 10% de risco de doenças
cardiovasculares fatais. Mas na China, 33% dos homens
e 28% da mulheres tinham um risco de mais de 10% de
desenvolver essas doenças num período de dez anos.
No México, a prevalência foi de 16% para homens e
11% para mulheres.
A partir da análise de dados, eles notaram que a
população de países em desenvolvimento tinha maiores
riscos relacionados a essas doenças. Entre as nações
desenvolvidas, eles viram que os Estados Unidos tinham
os maiores riscos se comparados a Inglaterra, Japão,
Coreia do Sul, Dinamarca e Espanha.
O grupo de pesquisa também está trabalhando na previsão
da combinação de riscos fatal e não fatal para as
doenças cardiovasculares em todos os países.
Esses resultados serão divulgados junto com o
lançamento do si
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