4.01.2015

Sucesso nas finanças: Meios adequados de poupar

A poupança não deve ser vista como o investimento ideal para o longo prazo

O DIA
Rio - Aplicação financeira segura, sem taxa de administração e com os rendimentos preservados da mordida do Imposto de Renda, a caderneta de poupança é, ao primeiro olhar, uma forma ideal para fazer um pé de meia para o futuro. Ocorre, porém, que mesmo com todas essas vantagens, a poupança não deve ser vista como o investimento ideal para o longo prazo.
O poupador, um felizardo neste momento de preços em alta e renda em baixa, deve considerar outras formas de preservar suas economias para o futuro. Uma delas é o Tesouro Direto, aplicação garantida em papéis do governo com rentabilidade melhor que a da caderneta. Diversificar investimentos também deve ser visto como alternativa pelos mais ousados. Confira orientações abaixo.
Por Jair Abreu Júnior
PERGUNTA E RESPOSTA
Gostaria de fazer uma reserva para minha filha recém nascida até ela completar 18 anos. Disponho de R$ 300 mensais. A caderneta de poupança seria um bom negócio?
Fatima Fernandes, Niterói
Fátima, o que se recomenda, em linhas gerais, no que se refere à caderneta de poupança, não é deixar o dinheiro aplicado por muito tempo, o que se verifica no seu caso, que são 18 anos, certo?
Cabe destacar alguns aspectos como: na poupança não existe taxa de corretagem. Muitos investimentos apresentam um rendimento maior, mas é preciso pagar taxas para a corretora. Outro ponto é que a poupança é isenta de Imposto de Renda, o que a difere de outros investimentos, e ela pode ser melhor do que muitos Fundos de Investimentos. A poupança também apresenta alto grau de liquidez, ou seja, é possível dispor do dinheiro a qualquer momento.
Encontramos, porém, opções melhores no mercado financeiro, e uma delas seria o Tesouro Direto, com baixo risco e excelente rentabilidade. Também é possível contar com os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de bancos menores, mas tomando cuidado com a possibilidade/risco de o banco quebrar, e nesse caso ter que recorrer ao Fundo Garantidor de Crédito, visando recuperar o valor investido.
O governo já confiscou a poupança no passado, e isso ainda causa muito temor, vide época do Governo Fernando Collor de Mello, uma vez que é muito difícil prever o que possa ocorrer na economia Brasileira nos próximos anos. Sendo assim, “nunca deixe todos os ovos na mesma cesta”.
É importante que se informe de bem de todas as possibilidades de investimento e a partir daí tenha mais condições de definir sua estratégia de aplicação de acordo com suas possibilidades e necessidades de curto, médio e longo prazos.
Nesse contexto, recomendo que você verifique no mercado brasileiro, as ofertas de cursos práticos voltados para a educação financeira pessoal. É uma boa saída para se informar sobre os detalhes mais importantes do assunto.
Boa sorte!
Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá

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