4.03.2015

Corpo do Filho de Ackmin será enterrado em Pindamomhagaba

Dilma participa do velório de Thomaz Alckmin em São Paulo

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SÃO PAULO e BRASÍLIA - Encerrado às 14h
 desta sexta-feira, o velório de Thomaz Alckmin, 
filho do governador de São Paulo, reuniu cerca 
de três mil pessoas, entre amigos, familiares, 
políticos de diversos partidos, artistas e 
empresários. A presidente Dilma Rousseff
 chegou no início da tarde, acompanhada
 dos ministros Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e 
Edinho Silva (Comunicação Social). O senador Aécio Neves, presidente 
nacional do PSDB, chegou praticamente no mesmo horário. Adversários 
na eleição do ano passado, Dilma e Aécio se cumprimentaram com um 
beijo no rosto, logo após a presidente abraçar a filha de Alckmin, Sophia.
 O corpo de Thomaz, que morreu na quinta-feira em um acidente
 aéreo que vitimou mais quatro pessoas, foi velado desde as 3h no 
hospital israelita Albert Einstein, no Morumbi. Depois do velório,
 o carro fúnebre partiu, em comitiva, para o cemitério de
 Pindamonhangaba, cidade-natal de Thomaz.A presidente chegou ao
 velório quando um grupo católico uniformizado, os Arautos do
 Evangelho, fazia uma oração. Dilma rezou com a família do
 governador e cantou uma das músicas católicas. A família é muito
 religiosa e, por vários momentos, foram feitas orações. Dom Odilo 
Scherer, arcebispo de São Paulo, fez uma prece de cerca de dez minutos
 por volta das 7h, acompanhado pelo governador, que chorava muito. 
Nesse momento, Dona Lu e os filhos ainda estavam no Palácio dos
 Bandeirantes.
Alckmin passou toda a madrugada ao lado do corpo do filho, sempre 
lhe fazendo carinho. Depois, quando irmãos e mãe de Thomaz 
já estavam no velório, foi rezada uma missa pelo bispo de Santo 
Amaro, dom Fernando Figueiredo, além de serem feitas várias orações.
 Cerca de três mil pessoas prestaram condolências à família, entre
 ministros, prefeitos, parlamentares, lideranças políticas de diversos 
partidos e artistas, além de amigos e familiares. Um dos momentos 
em que o governador e a mulher mais se emocionaram foi quando
 chegou a diretora da escola onde Thomaz estudou no Morumbi.
 Os três choraram abraçados por alguns minutos. Os corpos das
 quatro outras vítimas do acidente foram liberados ainda na madrugada 
pelo IML e foram velados por suas famílias em diferentes cerimônias.







Thomaz Alckmin (à esquerda) com os irmãos, Sophia e Geraldo - Reprodução
Entre as pessoas que participaram do velório de Thomaz, estavam
 o vice-presidente da República, Michel Temer, os senadores
 Aloysio Nunes e José Serra, o prefeito Fernando Haddad, o secretário 
municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy e o deputado federal 
Arlindo Chinaglia, ambos do PT, o cantor Ronnie Von, o presidente 
do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Roberto Nalini, 
o vice-governador Márcio França, parlamentares e secretários de estado.
 O dono do helicóptero acidentado, José Seripieri Júnior, também prestou condolências à família. A filha mais velha de Thomaz, Isabela, que mora
 com a mãe e o padrasto na Noruega, chegaria a tempo apenas para o
 enterro do paí, em Pindamonhangaba. Ela mudou-se com a mãe para
 a Europa no início deste ano. Thomaz tem também uma filha de apenas
 um mês, Julia.
‘Alckmin está devastado’, diz Aécio
Na saída do velório, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves
 disse que o governador Alckmin estava “devastado” .
— Foi algo devastador que aconteceu com ele. Ele está devastado como
 qualquer pai estaria numa situação dessas, mas ele é forte e vai 
continuar sua luta em favor de São Paulo e do Brasil — disse Aécio,
 que chegou para o velório por volta das 12h30, quase junto com a 
presidente Dilma.
Segundo Aécio, este é o momento mais difícil pelo qual Alckmin passa.
— Mas tanto ele quando dona Lu tem muita fé e a fé vai ser importante 
aliada para que ele possa enfrentar com a coragem de sempre momento 
tão difícil como esse. Quando ele me abraçou ele disse que Thomaz
 estava com uma filhinha de 50 dias. É um momento extremamente 
difícil. Importante é que tantos brasileiros que o admiram e o respeitam
 estão com ele em oração.
Aécio disse que conhecia Thomaz e que convivei com ele durante a
 última campanha para presidente no ano passado.
— Ele era um jovem simples, discreto, de bons gostos, mas longe 
dessa movimentação política. Ele viveu intensamente enquanto o
 destino lhe permitiu — lembrou Aécio.
Thomaz morreu na tarde de quinta-feira
Thomaz morreu no fim da tarde desta quinta-feira em decorrência 
da queda do helicóptero onde estava, em Carapicuiba, na Região
 Metropolitana de São Paulo. Na aeronave também estavam o 
piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os 
mecânicos Paulo Henrique Moraes, de 42, Erick Martinho,
 de 36, e Leandro Souza, de 34. Todos morreram. Na noite dessa
 quinta-feira, Dilma soltou nota oficial prestando solidariedade
Às 23h15m da quinta-feira, o Palácio dos Bandeirantes divulgou
 uma nota com a confirmação da morte do filho caçula do governador:
 “O governo de São Paulo informa com imenso pesar que Thomaz 

Rodrigues Alckmin, o caçula dos três filhos do governador Geraldo
 Alckmin e de dona Lu Alckmin, é uma das cinco vítimas da queda
 do helicóptero EC 155 ocorrida na Grande São Paulo na tarde
 desta quinta-feira. Thomaz tinha 31 anos e era piloto profissional 
de aeronave. Ele deixa esposa, Taís, duas filhas, Isabela e Júlia, e

 os irmãos Sophia e Geraldo Alckmin Neto. Sob o impacto dessa

 tragédia, a família Alckmin, inconsolável, agradece as manifestações
 de pesar e carinho e busca conforto na fé que sempre a alimentou.
 Seus pensamentos e preces se estendem às famílias das outras vítimas”
, informou o texto.
O helicóptero em que ele estava decolou para um voo de teste às
 17h02m do hangar da empresa Helipark, especializada em manutenção
 aeronáutica, e caiu por volta de 17h20m sobre o telhado de uma 
casa em construção, localizada a cerca de 10 quilômetros do ponto 
de decolagem. Thomaz era piloto profissional, mas ainda não se
 sabe se era ele quem estava no comando da aeronave. O acidente
 ocorreu em uma área residencial de Carapicuiba. Na noite de quinta
 a polícia chegou a informar que o acidente teria ocorrido na região 
central de Barueri, próximo à Rodovia Castello Branco.







Helicóptero cai sobre residência em São Paulo - TV Globo / Reprodução







O governador recebeu a notícia sobre a morte do filho quando cumpria
 agenda oficial de governo na região de Catanduva, a aproximadamente 400 quilômetros da capital paulista. Durante a manhã, Lu Alckmin havia 
participado de visita a uma turma de qualificação profissional do
 Fundo Social de Solidariedade do Estado. À tarde, ela viajou a
 Campos do Jordão para passar o feriado de Páscoa, mas retornou
 a São Paulo.
A nota divulgada nesta quinta-feira, a Seripatri informou que um 
piloto da empresa, com “mais de 30 anos de experiência”, também
 estava na aeronave e morreu. Segundo a nota, foram vítimas, ainda, 
um mecânico da Seripatri e outros dois mecânicos do hangar Helipark.
 Os nomes dos outros mortos não tinham sido divulgados até 22h
 de quinta-feira. Os corpos foram levados para o Instituto Médico 
Legal (IML), na Zona Oeste de São Paulo, para posterior liberação
 para o funeral. O governador já esteve no local onde os corpos
 estão sendo reconhecidos. Ali encontrou-se com o senador
 José Serra (PSDB).


De acordo com a empresa Seripatri Participações, o helicóptero
 tinha quatro anos de uso e aproximadamente 600 horas de voo.
 A aeronave teria passado por manutenção preventiva horas
 antes do acidente, de acordo com nota oficial da empresa
 proprietária. Viaturas do Corpo de Bombeiros passariam a noite
 isolando o local do acidente, para preservar as investigações 
sobre o ocorrido.
“Neste momento de luto e enorme tristeza para todos, a Seripatri 
está prestando toda a assistência necessária aos familiares das vítimas,
 bem como já destacou profissionais para acompanhar junto às 
autoridades as investigações das causas do acidente”, informou 
a Seripatri, na nota.
Pelo menos oito carros de Bombeiros e Polícia Militar foram 
deslocadas para o local do acidente, bem como uma equipe do
 Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
 (Cenipa), responsável pela apuração das causas do ocorrido.

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