3.05.2015

O nome de Dilma não consta na Lava Jato

'Globo', 'Estadão' e 'Folha' dizem que MPF recomendou arquivamento de investigação contra ela. O 'Valor Econômico' diz que não há pedido de investigação ou arquivamento contra a presidenta

por Redação — publicado 05/03/2015 10:11, última modificação 05/03/2015 13:40
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João Batista / Câmara dos Deputados
Dilma Rousseff
Dilma durante a posse para o segundo mandato: MPF não viu indícios contra ela
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal que arquive o pedido de investigação contra a presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), no âmbito da Operação Lava Jato. A informação é dos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo eO Globo.
De acordo com o Estadão, Janot teria recomendado o arquivamento da investigação porque as citações feitas a respeito de Dilma se refeririam ao período anterior a sua eleição como presidente. Como a Constituição proíbe a investigação do chefe do Executivo durante o mandato por qualquer ato que não se refira ao período no cargo, não seria possível prosseguir as investigações. O jornal O Globo afirma, por sua vez, que as citações a Dilma "seriam apenas referências ao nome da petista" e que o MPF avaliou não existir "envolvimento direto" dela nos fatos.
Valor Econômico, no entanto, contraria o que os outros jornais disseram e informa que não há pedido de investigação contra Dilma na Lava Jato. Segundo o jornal, "Dilma não será investigada e tampouco foi pedido arquivamento quanto a ela".
Na noite de terça-feira 3 a PGR protocolou no STF a lista com os pedidos de abertura de inquérito da Lava Jato, a fim de investigar pessoas suspeitas de envolvimento no caso de corrupção da Petrobras. Constam, no total, 54 nomes de investigados, 28 pedidos de abertura de inquérito e sete pedidos de arquivamento, entre eles o do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência derrotado em 2014.
Janot pediu o fim do sigilo nesses processos. Cabe ao ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Supremo, determinar o fim do sigilo sobre os nomes dos investigados e também autorizar a abertura de inquéritos.
A base para os pedidos de investigação feitos por Janot seriam os depoimentos dos principais delatores do esquema de corrupção investigado na Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A Lava Jato é uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal a respeito de umaorganização criminosa formada por políticos, funcionários públicos, executivos de empreiteiras e doleiros. As empreiteiras distribuíam entre si contratos com órgãos públicos, em especial a Petrobras, mediante o pagamento de propina e desvio de dinheiro público, que era repassado a partidos políticos.

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