#147NotJustANumber busca mostrar o rosto dos mortos por radicais.
Imagens fortes postadas no Facebook mostram corpos em Garissa.
Uma campanha no Twitter está divulgando ao público fotos das pessoas que foram mortas em um ataque do Quênia, com o objetivo de individualizar e humanizar o debate sobre o tema. O atentado, assumido pelo grupo radical islâmico Al-Shabbab, ocorreu na quinta-feira (2), quando um grupo de homens armados atacou a Universidade de Garissa, no leste do país e na fronteira com a Somália. Ao menos dois suspeitos foram mortos pela polícia no dia.
Segundo a agência de notícias Associated Press, 148 pessoas morreram. A hashtag da campanha, no entanto, menciona 147 vítimas:#147NotJustANumber (Algo como #147NãoApenasUmNúmero).
Também geraram comentários duas fotospostadas no Facebook que mostram corpos amontoados no que seria o vão da universidade após o ataque. Nana Yaw Buobu, que postou a imagem, disse em um post recente em seu perfil que foi criticado por ter divulgado a imagem, mas que a reprodução fez com que pessoas do mundo inteiro voltassem os olhos para a atrocidade.
O grupo radical islâmico Al-Shabaab afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção de tropas do Quênia na Somália. O incidente começou por volta das 5h30 (horário local, 23h30 de quarta, 1º, em Brasília), quando os atiradores entraram no centro universitário, começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos, segundo o Centro de Operação de Desastres.
Desde outubro de 2011, quando o exército queniano entrou na Somália para combater o Al-Shabaab, o país foi alvo de constantes atentados terroristas, o mais grave deles no shopping Westgate, ocorrido em 2013 e no qual morreram pelo menos 67 pessoas.
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