Gilson e Patrícia de Lacerda comentam sobre as expectativas ao G1; veja.
Menina passa por procedimento nos EUA para transplante de seis órgãos.
Enquanto aguardam o término do complicado procedimento cirúrgico, os pais da menina Sofia, de um ano e três meses, Patrícia de Lacerda e Gilson Gonçalves da Silva, gravaram na tarde desta sexta-feira (10) um vídeo especialmente para o G1 para contar como está a expectativa para o “tão esperado dia", em que a criança passa por transplante dos seis órgãos do sistema digestivo.
Sofia nasceu com a síndrome de Berdon, considerada rara pelos médicos e que afeta todo o sistema digestivo. Por isso, ela precisa do transplante de seis órgãos: estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado, intestino grosso e um dos rins. A menina deu entrada no centro cirúrgico do hospital na manhã desta sexta-feira, às 9h30 (horário de Miami - 10h30 horário de Brasília). A mãe disse ao G1 que foi informada pelo hospital que os órgãos a serem transplantados são de um bebê do estado da Flórida.
Por volta das 16h, no horário de Brasília, o pai da menina afirmou que a cirurgia deve demorar ainda cerca de oito horas para terminar. "Disseram que o procedimento vai durar aproximadamente mais oito horas de cirurgia, mas que ela está bem. Só que a gente sabe que é uma cirurgia muito grande, mas fé em Deus que isso logo vai acabar e ela vai estar curada”, comenta Gilson.
Visivelmente emocionados, os pais - que aguardam no quarto da UTI Neonatal do Hospital Jackson, em Miami, nos Estados Unidos -, contaram que os médicos informaram que a cirurgia está ocorrendo dentro do esperado, sem nenhuma surpresa. "Agora pouco tivemos a notícia de que tudo está ocorrendo bem, que ainda falta muito para terminar a cirurgia, mas que está indo tudo muito bem", disse Patrícia.
O começo de outra luta
No vídeo, Patrícia aproveita para pedir às pessoas que acompanham a história de luta de Sofia, através das redes sociais e mesmo pela imprensa para que rezem para que a cirurgia seja bem sucedida. "Eu peço que orem por ela. Eu sei que tem muitos pensamentos positivos sempre e que chegamos no tão esperado dia e ela vai conseguir vencer tudo isso", pede.
No vídeo, Patrícia aproveita para pedir às pessoas que acompanham a história de luta de Sofia, através das redes sociais e mesmo pela imprensa para que rezem para que a cirurgia seja bem sucedida. "Eu peço que orem por ela. Eu sei que tem muitos pensamentos positivos sempre e que chegamos no tão esperado dia e ela vai conseguir vencer tudo isso", pede.
saiba mais
Apesar da cirurgia ser encarada com alegria pelos pais, eles sabem que a luta da filha pela vida ainda não está no fim e que ela terá que ser forte. "Quero agradecer todos pelo apoio, as mensagens, por tudo o que todos têm feito por nós durante essa luta. A gente sabe que hoje está começando outra [luta], mas agora com mais esperança, que logo ela vai poder comer como todas as outras crianças. É o meu maior sonho", finaliza a mãe.
"Parecia mentira"
Quando Patrícia de Lacerda, mãe da menina Sofia, recebeu uma mensagem do médico brasileiro responsável pelo tratamento da filha que sofre de uma doença rara, no Hospital Jackson Memorial, nos Estados Unidos, ela quase não acreditou nas palavras que leu na tela do celular. Patrícia conta que foi informada pelo diretor de transplantes da unidade, Rodrigo Vianna, na noite de quinta-feira (9), que um possível doador para a menina havia sido encontrado. “Ficamos muito alegres, parecia mentira. Depois da euforia, ainda tínhamos que esperar a certeza de que os órgãos eram perfeitos para ela”, disse a mãe ao G1.
Quando Patrícia de Lacerda, mãe da menina Sofia, recebeu uma mensagem do médico brasileiro responsável pelo tratamento da filha que sofre de uma doença rara, no Hospital Jackson Memorial, nos Estados Unidos, ela quase não acreditou nas palavras que leu na tela do celular. Patrícia conta que foi informada pelo diretor de transplantes da unidade, Rodrigo Vianna, na noite de quinta-feira (9), que um possível doador para a menina havia sido encontrado. “Ficamos muito alegres, parecia mentira. Depois da euforia, ainda tínhamos que esperar a certeza de que os órgãos eram perfeitos para ela”, disse a mãe ao G1.
Após a mensagem, Patrícia também recebeu uma ligação da coordenação da lista de transplante de órgãos nos Estados Unidos, confirmando que o doador foi encontrado. “Eles me contaram que era de um bebê do estado da Flórida, isso por volta das 18h30 de ontem [quinta-feira], mas só fomos chamados para ir ao hospital à meia-noite e meia, quando tiveram certeza de que os órgãos serviam para a Sofia.”
A família, que é de Votorantim, interior de São Paulo, está a nove meses morando nos Estados Unidos, já que a cirurgia que Sofia precisa ser submetida, chamada de transplante multivisceral, não é realizada no Brasil. “A cirurgia é muito longa, não temos previsão de quanto tempo vai demorar. Eles vão trocar todos os órgãos que não funcionam, ou seja, todo o sistema digestivo. Estamos eu e meu marido no quarto da UTI esperando por ela”, conta Patrícia.
Aviso pelas redes sociais
Assim que Sofia deu entrada no centro cirúrgico, Patrícia contou sobre o procedimento na página oficial da menina em uma rede social. “É com muita alegria que venho comunicar à todos que nossa bonequinha se encontra neste momento no centro cirúrgico para receber seus novos órgãos. Sim, o anjinho doador apareceu e hoje nossa bonequinha recebe seus novos órgãos", frisou a mãe em depoimento na rede social.
Assim que Sofia deu entrada no centro cirúrgico, Patrícia contou sobre o procedimento na página oficial da menina em uma rede social. “É com muita alegria que venho comunicar à todos que nossa bonequinha se encontra neste momento no centro cirúrgico para receber seus novos órgãos. Sim, o anjinho doador apareceu e hoje nossa bonequinha recebe seus novos órgãos", frisou a mãe em depoimento na rede social.
A criança estava morando em uma casa temporária no país, que foi alugada pela família para aguardar por um doador compatível. Conforme informou a mãe da menina, o dia tão esperado, enfim, chegou e agora a única coisa a fazer é rezar para que tudo ocorra bem durante a cirurgia. "Este dia foi muito esperado não só por nós pais, mas como por todos vocês. Vamos intensificar nossas orações", pediu Patrícia.
Superou as expectativas
Devido à complexidade da síndrome Berdon, os médicos estimaram que Sofia não passaria de um ano de vida. Porém, a menina contrariou as estatísticas e a medicina e comemorou seu primeiro aniversário no dia 24 de dezembro de 2014. "Quando temos fé, o impossível não existe. Quando temos perseverança, o impossível é possível. E a Sofia continua lutando com fé. Foi um ano de muitas batalhas, muitas dores, muitos procedimentos, mas ela conseguiu vencer, sempre se manteve forte e com o seu sorriso encantador", disse Patrícia na época.
Devido à complexidade da síndrome Berdon, os médicos estimaram que Sofia não passaria de um ano de vida. Porém, a menina contrariou as estatísticas e a medicina e comemorou seu primeiro aniversário no dia 24 de dezembro de 2014. "Quando temos fé, o impossível não existe. Quando temos perseverança, o impossível é possível. E a Sofia continua lutando com fé. Foi um ano de muitas batalhas, muitas dores, muitos procedimentos, mas ela conseguiu vencer, sempre se manteve forte e com o seu sorriso encantador", disse Patrícia na época.
Desde que nasceu, no hospital da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, Sofia nunca esteve na casa dos pais. Ela passou pelo Hospital Samaritano, emSorocaba (SP) e pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (SP). E, neste período, passou por três cirurgias, mas ainda necessitava de atendimento especializado para a síndrome rara e para o transplante multivisceral, que não poderia ser realizado no Brasil.
Por conta disso, Sofia foi transferida, em julho do ano passado, para o Jackson Memorial Hospital, em Miami, nos Estados Unidos, especializado nesse tipo de procedimento. Mas isso só foi possível depois de muita luta na Justiça, já que a família da pequena não possui condições financeiras suficientes para arcar com os custos do tratamento fora do país, que está avaliado em R$ 2 milhões.
Em solo americano, Sofia foi incluída na lista de transplante de órgãos e, enquanto aguardava um doador compatível, foi submetida ao um tipo de tratamento específico para a doença, que possibilitou que o bebê pudesse fazer suas necessidades fisiológicas o que nunca havia acontecido nos hospitais do Brasil. Além disso, Sofia, que se alimenta apenas por nutrição parenteral - quando uma solução manipulada pelo médico é aplicada diretamente na corrente sanguínea - também pode, enfim, sair do hospital e ir pra "casa", já que ficou com a família em local temporário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário