4.07.2015

Protesto contra a terceirização

Manifestantes da CUT fazem passeata em São Paulo - Marcos Alves / Agência O Globo
SÃO PAULO e RIO - Centrais sindicais realizam protestos em dez estados e no Distrito Federal na manhã desta terça-feira. Em São Paulo, o primeiro ato começou por volta das 9h30. Cerca de 200 pessoas se reuniram em frente à Secretaria Estadual da Saúde e ao Hospital das Clínicas, no bairro de Cerqueira César, numa manifestação contra o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o Projeto de Lei 4330, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas.  manifestantes também se reúnem em mais dez estados: Alagoas, Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Maranhão.
O maior protesto em São Paulo começou às 13h. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma das 22 entidades que convocaram as manifestações, a expectativa é reunir até 10 mil pessoas na Praça da República, no Centro. Quem vai às ruas também protestará contra o ajuste fiscal do governo, a corrupção e fará atos em defesa da Petrobras.
A CUT ameaça o governo Dilma caso o Projeto de Lei 4330 seja aprovado, em protesto que mobilizou  - cerca de 4000 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. A entidade nem chegou a fazer um balanço.
O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos, afirmou que as centrais sindicais vão reagir fortemente em caso de aprovação do projeto da terceirização. - Este projeto precisa ser enterrado. Ela (Dilma Rousseff) precisa discutir com as centrais. Não vamos aceitar nenhuma medida unilateral desse governo. Se for aprovado, a movimentação será mais forte e permanente em todo o estado - disse o presidente. O projeto regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho.
Ela falou ainda que haverá “reação nas ruas”. - Se a Dilma sancionar, ela vai ter a reação nas ruas. Nós vamos reagir e ela sabe disso. O governo não teve coragem de mexer nesse projeto e passou para o Congresso sem dialogar - falou Adi dos Santos.
SAÚDE
Além de protestar contra a terceirização, os manifestantes desta manhã dizem estar fazendo um ato pelo Dia Mundial da Saúde. Do Hospital das Clínicas, eles caminharam em encontro aos demais manifestantes no Centro de São Paulo para o maior ato. De manhã, segundo a Polícia Militar, há cerca de 4000 pessoas no local.
Em Alagoas, cerca de 500 pessoas, segundo a PM, participam de ato pacífico em Maceió também contra o Projeto de Lei 4330. Em Amapá, o número de pessoas é o mesmo, segundo a CUT estadual. Eles estão reunidos na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá, em um protesto previsto para terminar por volta das 12h.
No Rio Grande do Sul, trabalhadores das centrais sindicais também protestavam contra a terceirização em um ato no Aeroporto Salgado Filho e na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre. Cerca de 3000 pessoas participaram, segundo a Brigada Militar.
Em Brasília, manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) protestam em frente ao Congresso Nacional contra o Projeto de Lei 4330, previsto para ser votado nesta terça-feira, que regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho. Um pequeno grupo bloqueia o acesso de veículos à entrada da Câmara. Segundo a Polícia Militar,l. Os organizadores estimam que o número é de 5 mil. A segurança na região foi reforçada com 350 policiais. A PM não registrou nenhuma ocorrência.
Os manifestantes começaram a se concentrar durante a manhã na Catedral Metropolitana de Brasília. Eles vieram em vários ônibus de procedências distintas, como São Paulo e Goiás. Por volta das 13h, os protestantes caminharam em direção ao Congresso. Eles gritavam palavras de ordem e carregavam faixas com dizeres como "Não ao PL 4330, ele vai acabar com o seu emprego" e "Trabalho descente já! Precarização, não!".
O projeto de lei 4330 prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Além disso, prevê a forma de contratação tanto para empresas privadas como públicas. A CUT teme que o projeto leve à precarização das relações trabalhistas. Tanto que está chamando os protestos programados para esta terça de "Dia Nacional de Luta em Defesa da Classe Trabalhadora".
Segundo centra sindical, também participam dos atos entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central de Movimentos Populares (CMP).
Na Bahia, os manifestantes se reuniram em frente à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e encerraram a manifestação por volta das 10h10.

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