Nem todos os obesos precisam perder peso. Em alguns casos, é possível ter alguns quilos extras e ainda assim ser saudável e ter uma vida longa e com qualidade.
Embora a obesidade aumente o risco de complicações de saúde, um novo estudo mostra que pessoas que são obesas, mas não têm complicações, podem viver tanto tempo quanto as pessoas de peso normal.
Isso indica que não é possível fazer generalizações em se tratando de indivíduos obesos. O que deve ser observado é se essas pessoas têm fatores de risco adicionais que determinam se elas realmente precisam perder peso.
A famosa dieta iôiô – na qual as pessoas perdem peso, mas voltam a ganhar mais tarde – pode ser mais prejudicial para a saúde de algumas pessoas do que se elas manterem o peso (mesmo que seja acima do normal). Participantes do estudo que perderam mais peso durante a vida, mas não o mantiveram, tinham maior probabilidade de ter complicações de saúde a partir da obesidade do que aqueles que perderam menos peso.
Os pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento de um sistema de escala que classifica os obesos em cinco categorias, com base nos riscos de saúde, e que poderia ajudar os médicos a determinar quais pacientes se beneficiariam com a perda de peso.
Pessoas que não têm doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, dor nas costas ou depressão, são classificadas na categoria 0. Quanto maiores os fatores de risco além da obesidade, maior o número na escala de classificação, que vai até 3.
Pesquisadores analisaram dados de cerca de 6.000 obesos. Após 16 anos de análise, quem foi classificado no estágio 2 ou 3 teve 1,6 vezes mais probabilidade de morte por qualquer causa, e cerca de 2 vezes mais probabilidade de morrer por doenças cardiovasculares do que indivíduos com peso normal.
No entanto, aqueles classificados nos estágios 0 ou 1 não eram mais propensos a morrer antes do que qualquer pessoa com peso normal. Esses obesos eram inclusive menos propensos a morrer por doenças cardiovasculares do que outras pessoas.
Quem foi classificado nos estágios 0 e 1 eram indivíduos com maior probabilidade de serem fisicamente ativos e comerem mais frutas e legumes do que aqueles classificados nos estágios 2 ou 3. Obesos classificados nos níveis 0 ou 1 também tinham menos probabilidade de terem envolvimento com dietas para perda de peso.
A descoberta não é um incentivo para as pessoas ganharem peso, e sim o manterem, ingerindo alimentos saudáveis e praticando exercícios físicos regularmente. Todos esses fatores aliados podem ser melhores meios para manter a saúde do que tentar emagrecer.
Fonte: http://hypescience.com
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