A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode autorizar a venda, sob controle mais rígido, de remédios para emagrecer que contêm o inibidor de apetite sibutramina em sua fórmula e que é proibido na Europa e nos Estados Unidos.
No início deste ano, a Anvisa apresentou uma proposta de cancelamento do registro dos emagrecedores, baseada em evidências de que os remédios apresentam riscos aos usuários.
Contrariando todas as expectativas geradas pela própria agência, um parecer técnico finalizado nesta semana decidiu liberar a venda da sibutramina. A nova posição será submetida a votação pela diretoria do órgão no dia 30.
Se aprovada a comercialização, pelas novas regras o médico assinaria um termo de responsabilidade e o paciente também, certificando que estaria consciente dos riscos do uso da sibutramina. icas:as
Nota boaspraticasfarmaceuticas: O interesse de não retirar este medicamentos emagrecedores
tem no seu maior argumento o fator comercial . As empresas fabricantes exercem forte pressão na classe médica.
BEM-ESTAR / SAÚDEquinta-feira, 25 de agosto de 2011 10:30Anvisa recua e propõe manter remédio para emagrecimentoDepois de seis meses de debate, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltaram atrás e decidiram recomendar a manutenção da sibutramina, remédio usado para emagrecimento, no mercado brasileiro. Em relatório apresentado ontem para membros da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) da agência, a equipe manteve a decisão de indicar a proibição apenas das drogas dietilpropiona, femproporex e mazindol. O documento propõe que a sibutramina continue no mercado, desde que sejam respeitadas algumas condições: a droga não pode ser prescrita por um período superior a 60 dias, o paciente tem de ter índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 e ele também terá de assinar um documento em que confirma estar ciente de todos os riscos. A nova versão do relatório será apresentada para diretores da agência, a quem caberá decidir o destino dos emagrecedores no País. Pela praxe, a diretoria colegiada - formada pelos quatro diretores da Anvisa - segue a recomendação do relatório técnico. Integrantes da Cateme afirmaram terem sido surpreendidos e se mostraram indignados com as novas indicações. A Cateme foi a responsável pelo primeiro relatório apresentado pela Anvisa, em fevereiro, recomendando a proibição do uso de todas essas drogas. Ontem, em votação unânime, a Cateme foi contrária ao parecer do grupo técnico. Riscos e benefícios A equipe da Anvisa foi questionada sobre as razões da mudança de postura em relação aos emagrecedores. No início do ano, o mesmo grupo defendeu a retirada desses remédios - e a sibutramina era a vilã. O argumento era de que os riscos superavam os benefícios. Essa convicção foi mantida mesmo depois das duas audiências públicas realizadas pela Anvisa para ouvir especialistas e a sociedade. No último encontro, em entrevista à reportagem, a chefe do Núcleo de Notificação da Anvisa, Maria Eugênia Cury, afirmara: ?Nenhum argumento ouvido nos encontros trazia um fato novo que mereceria a mudança do parecer?. Ontem, Maria Eugênia foi questionada sobre qual seria o fato novo. A resposta foi: ?Uma decisão da equipe técnica?. O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, considerou a vitória parcial. ?É preciso esperar a decisão da diretoria colegiada da Anvisa. Mas o ideal seria que todos os remédios continuassem no mercado.? Ricardo Meirelles, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia concorda. ?Não é o melhor dos mundos, mas seria insensato proibirem a sibutramina?, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. AE Nota "BOASPRATICASFARMACEUTICAS" : Dr Barbano a Anvisa precisa manter a sua credibilidade junto a sociedade Os riscos destes emagrecedores são muito maiores que os beneficios. Não aceite pressão. A SAÚDE E A SOCIEDADE VÃO RECONHECER E AGRADECER O BANIMENTO DESTAS DROGAS. |
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