Descubra o que comer e como comer para potencializar a sua saúde.
Que os alimentos têm poder de cura, ninguém duvida. Mas, você sabia
que eles também podem auxiliar na prevenção de diversas doenças?
Iogurte, açaí, frutas, mel e oleaginosas são algumas opções para quem
deseja seguir uma dieta saudável.
E para seguir uma dieta nutritiva é necessário escolher bem os
ingredientes e balancear, uma vez que cada um dos alimentos tem
propriedades diferentes e todas são importantes para o bom funcionamento
do organismo.
“Quanto mais colorido o prato, melhor. Não basta só comer frutas, é
fundamental variar entre os diferentes tipos desse alimento. É
recomendada a ingestão diária de três a cinco porções e, por isso, a
salada é uma excelente sugestão”, afirma a nutricionista Valéria
Carvalho.
Outro alimento rico em valores nutricionais é o iogurte, que por ser
boa fonte de cálcio contribui para a formação e reparação de tecidos
corporais, de ossos e dentes. “Ele também tem boa quantidade de
proteínas, vitaminas como a A e as do complexo B e zinco, nutrientes que
fornecem energia, equilibram a flora intestinal, combatem radicais
livres e reforçam a imunidade”, continua a profissional.
O mel e as sementes oleaginosas também são excelentes para a nutrição
e unem diversos benefícios, entre eles a capacidade de reforçar a
imunidade. Além disso, o mel tem componentes com ações antibacterianas e
que agem como antibióticos naturais.
O açaí, que virou moda em todo o país, é um alimento recomendado para
quem quer manter uma dieta saudável. Ele ajuda a reduzir o LDL –
colesterol ruim- e a melhorar a circulação do sangue, reduzindo o risco
de problemas do coração, e tem componentes que ajudam a prevenir o
envelhecimento precoce. Mas vale o alerta, ele é um alimento muito
calórico e deve ser consumido moderadamente.
Alimentação preventiva: o melhor remédio é comer bem
Uma alimentação saudável pode não ser tão fácil quanto parece. Uma edição da revista Science afirma que a maioria das pessoas que vivem em nações industrializadas tem uma dieta deficiente em micronutrientes (vitaminas e minerais), apesar da riqueza em calorias e bastante variada.
O mais assustador, segundo o estudo, acontece nos países em desenvolvimento, nos quais a dieta não apresenta uma quantidade básica de macronutrientes - carboidratos, gorduras e proteínas - e também de micronutrientes.
Além dos macronutrientes, das 13 vitaminas e 17 minerais essenciais para a saúde humana, algumas substâncias naturais (chamadas fitossubstâncias), provenientes das plantas, estão recebendo grande atenção de pesquisadores que tentam estabelecer conexões entre a dieta alimentar e as doenças.
As fitossubstâncias (da palavra grega phyto, que significa planta) não são como as vitaminas e minerais, uma vez que não possuem valor nutricional. Algumas, como o digital (extraído de uma planta chamada dedal) e a quinina, têm sido utilizadas há séculos como remédios no tratamento de doenças.
Outras funcionam como antioxidantes, protegendo as células dos efeitos da oxidação e dos radicais livres do organismo. Recentemente, elas foram reconhecidas como agentes protetores contra algumas doenças e condições, desde algumas formas de câncer até o envelhecimento.
"Nós sabemos há muito tempo que determinados alimentos podem melhorar a saúde e diminuir o risco de certas doenças", diz Jennifer Nelson, especialista em dietas da Mayo Clinics.
"Isso é válido especialmente para os alimentos vegetais. O mais interessante é que nós estamos descobrindo que estas comidas são ricas em compostos que ajudam a manter a saúde do organismo, e estamos compreendendo como eles são utilizados do ponto de vista celular. Esse fato traz um novo significado para a afirmação 'Você é o que você come'", diz.
Fitossubstâncias
Uma alimentação saudável pode não ser tão fácil quanto parece. Uma edição da revista Science afirma que a maioria das pessoas que vivem em nações industrializadas tem uma dieta deficiente em micronutrientes (vitaminas e minerais), apesar da riqueza em calorias e bastante variada.
O mais assustador, segundo o estudo, acontece nos países em desenvolvimento, nos quais a dieta não apresenta uma quantidade básica de macronutrientes - carboidratos, gorduras e proteínas - e também de micronutrientes.
Além dos macronutrientes, das 13 vitaminas e 17 minerais essenciais para a saúde humana, algumas substâncias naturais (chamadas fitossubstâncias), provenientes das plantas, estão recebendo grande atenção de pesquisadores que tentam estabelecer conexões entre a dieta alimentar e as doenças.
As fitossubstâncias (da palavra grega phyto, que significa planta) não são como as vitaminas e minerais, uma vez que não possuem valor nutricional. Algumas, como o digital (extraído de uma planta chamada dedal) e a quinina, têm sido utilizadas há séculos como remédios no tratamento de doenças.
Outras funcionam como antioxidantes, protegendo as células dos efeitos da oxidação e dos radicais livres do organismo. Recentemente, elas foram reconhecidas como agentes protetores contra algumas doenças e condições, desde algumas formas de câncer até o envelhecimento.
"Nós sabemos há muito tempo que determinados alimentos podem melhorar a saúde e diminuir o risco de certas doenças", diz Jennifer Nelson, especialista em dietas da Mayo Clinics.
"Isso é válido especialmente para os alimentos vegetais. O mais interessante é que nós estamos descobrindo que estas comidas são ricas em compostos que ajudam a manter a saúde do organismo, e estamos compreendendo como eles são utilizados do ponto de vista celular. Esse fato traz um novo significado para a afirmação 'Você é o que você come'", diz.
Fitossubstâncias
Família |
Principais Fontes Alimentares |
Alil sulfetos |
Cebola, alho, cebolinha, alho-poró |
Indóis |
Vegetais como o brócolis, repolho, e couve-flor |
Isoflavonas |
Soja (tofu, leite de soja) |
Ácidos fenólicos |
Tomates, frutas cítricas, cenoura, grãos integrais, nozes |
Polifenóis |
Chá verde, uva, vinho tinto |
Saponinas |
Feijão e legumes |
Terpenos |
Cereja, cascas de frutas cítricas |
Câncer, frutas e vegetais
Desde
o começo dos anos 70, pesquisadores em todo o mundo têm constatado que
pessoas com uma dieta rica em frutas e vegetais apresentam menor
incidência de câncer. Observou-se ainda algum efeito protetor de outros
alimentos vegetais, como nozes, grãos e sementes. Mas a evidência mais
forte sugere que a alimentação rica em frutas e vegetais pode diminuir o
risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
Por
exemplo, pesquisadores descobriram que o perilil álcool, encontrado em
cerejas e na lavanda, leva à regressão de tumores pancreáticos em
animais de laboratório. Já o limoneno, encontrado nas cascas de frutas
cítricas, reduz o colesterol, impede o desenvolvimento de tumores da
mama e induz a regressão de tumores em animais de laboratório.
Alguns trabalhos que associam as fitossubstâncias e a diminuição do risco de câncer incluem:
· Estudo de Harvard mostrando que dietas ricas em vegetais, como o brócolis e o repolho, podem reduzir o risco de câncer de bexiga em homens.
· Outro estudo de Harvard
mostrando que dietas contendo cinco ou mais porções de frutas e
vegetais por dia parecem diminuir o risco de câncer de mama entre
mulheres pré-menopausa que têm histórico familiar da doença ou que
ingerem quantidade moderada de bebida alcóolica.
· Revisão publicada pelo National Cancer Institute relatando redução no risco para uma variedade de cânceres entre os indivíduos que consomem frequentemente tomates e derivados.
· Uma pesquisa publicada no British Medical Journal conduzida pelo World Cancer Research Fund concluindo
que dietas ricas em frutas e vegetais e pobres em carnes protegem
contra o câncer de mama, próstata e intestino, dentre outros.
"Embora
estejamos identificando um número significativo de compostos vegetais e
seus papéis no combate a doenças, há um consenso que diversos alimentos
integrais - não suplementos - devem ser nossa fonte de fitossubstâncias
e outros compostos importantes para a saúde", diz Jennifer Nelson,
especialista em dietas da Mayo Clinics.
Fitossubstâncias e saúde cardiovascular
As
fitossubstâncias também podem ajudar o coração. Estudos epidemiológicos
sugerem que uma dieta rica em frutas e vegetais resulta na redução do
risco de doença cardiovascular. De acordo com revisão feita pela American Heart Association (AHA),
existem três classes de compostos encontrados nas frutas e vegetais -
esteróis, flavonóides e compostos contendo enxofre - que podem ser
importantes na redução do risco de aterosclerose (estreitamento das
artérias).
Os esteróis consistem em um grupo de lipídios
(substâncias semelhantes à gordura) encontrados no organismo. Os
esteróis vegetais (fitoesteróis), o colesterol da carne vermelha e
outras fontes alimentares competem pela absorção durante a digestão.
Dessa forma, grandes quantidades dos esteróis vegetais diminuem a
quantidade de colesterol absorvida da comida, podendo ter um efeito
protetor.
Os flavonóides têm estruturas químicas
variadas e são encontrados nas frutas, vegetais, nozes e sementes.
Alguns têm mostrado efeito antioxidante, impedindo as lesões celulares
causadas por radicais livres. Outros tornam as células sanguíneas menos
"pegajosas", diminuindo a ação das plaquetas. As principais fontes de
flavonóides incluem: o vinho tinto e os produtos da soja (isoflavonas).
Compostos
com enxofre, encontrados na cebola, alho e alho-poró, podem reduzir o
colesterol e, dessa forma, diminuir a aterosclerose. O óleo do alho ou o
dente de alho se mostraram eficazes em reduzir a quantidade de lipídios
(partículas de gordura) e a pressão sanguínea. De acordo com a AHA, nem
todas as suas ações são compreendidas e mais estudos são necessários em
relação à bioquímica e farmacologia dessas substâncias.
Fonte: Elisabete Fernandes Almeida
CRM 44.022
Nenhum comentário:
Postar um comentário