Urologistas são contra exame em homem abaixo de 55 e acima de 70 anos.
Evidências sugerem que rastreamento reduz pouco o número de mortes.
Um grupo de médicos reunidos na convenção anual da Associação Americana
de Urologia, em San Diego, na Califórnia, posicionou-se nesta
sexta-feira (3) contra o exame de sangue anual para detectar câncer de
próstata em homens de risco médio abaixo dos 55 anos e acima dos 70.
Para pacientes entre essas duas idades, os especialistas recomendam que cada médico avalie os benefícios e malefícios do rastreamento e decida qual a melhor abordagem para o caso. Quem optar pela triagem também deveria esperar um intervalo de pelo menos dois anos entre um exame e outro, acrescentaram os urologistas à agência Reuters.
Na opinião dos médicos, evidências sugerem que a triagem pelo sangue está ligada a uma pequena redução no número de mortes – cerca de uma por mil homens em uma década. Além disso, resultados falsos-positivos estimulam novos exames e tratamentos desnecessários, podendo deixar os pacientes impotentes ou com incontinência urinária.
O teste utiliza uma enzima chamada antígeno prostático específico, ou PSA, que serve para diagnóstico, monitoramento e controle do tumor de próstata, uma glândula exclusiva do sexo masculino que faz parte do sistema reprodutor, está localizada abaixo da bexiga e à frente do reto, e tem como função armazenar um fluido que faz parte do sêmen.
Além do teste de sangue, há o exame de toque retal, que identifica nódulos na próstata e deve ser feito regularmente após os 40 anos.
Indicações semelhantes
Há um ano, o painel Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, apoiado pelo governo americano, criou polêmica ao contraindicar o rastreamento de câncer de próstata para homens de risco médio de todas as idades. Desde então, outras organizações profissionais têm tido uma visão mais crítica sobre o exame de PSA.
No mês passado, o Colégio Americano de Médicos afirmou que homens entre 50 e 60 anos devem ter seus cuidados baseados no risco de desenvolver câncer de próstata (histórico na família, como pais e irmãos), na condição geral de saúde e nas preferências individuais de tratamento.
Características e números
O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, pois três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil esse tumor é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do de pele não melanoma.
No mundo, é o câncer mais prevalente no sexo masculino (10% dos casos) e o sexto mais comum entre todos os tipos e sexos. Nos países desenvolvidos, a taxa de incidência da doença é seis vezes maior em comparação às nações em desenvolvimento. Essa diferença, na opinião dos médicos, pode ser explicada pela existência de métodos de diagnóstico mais avançados, por um maior acesso à informação e pelo aumento da expectativa de vida da população.
Alguns tumores de próstata crescem de forma rápida e se espalham para outros órgãos, podendo até matar. A maioria, porém, cresce lentamente – leva até 15 anos para atingir o tamanho de 1 cm³ – e não chega a ameaçar a saúde do paciente. Se for detectado no início, esse câncer tem altas taxas de cura.
Nos EUA, 239 mil homens devem ser diagnosticados com a doença este ano, e cerca de 30 mil morrerão, segundo a Sociedade Americana de Câncer.
Para pacientes entre essas duas idades, os especialistas recomendam que cada médico avalie os benefícios e malefícios do rastreamento e decida qual a melhor abordagem para o caso. Quem optar pela triagem também deveria esperar um intervalo de pelo menos dois anos entre um exame e outro, acrescentaram os urologistas à agência Reuters.
Na opinião dos médicos, evidências sugerem que a triagem pelo sangue está ligada a uma pequena redução no número de mortes – cerca de uma por mil homens em uma década. Além disso, resultados falsos-positivos estimulam novos exames e tratamentos desnecessários, podendo deixar os pacientes impotentes ou com incontinência urinária.
O teste utiliza uma enzima chamada antígeno prostático específico, ou PSA, que serve para diagnóstico, monitoramento e controle do tumor de próstata, uma glândula exclusiva do sexo masculino que faz parte do sistema reprodutor, está localizada abaixo da bexiga e à frente do reto, e tem como função armazenar um fluido que faz parte do sêmen.
Além do teste de sangue, há o exame de toque retal, que identifica nódulos na próstata e deve ser feito regularmente após os 40 anos.
Indicações semelhantes
Há um ano, o painel Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, apoiado pelo governo americano, criou polêmica ao contraindicar o rastreamento de câncer de próstata para homens de risco médio de todas as idades. Desde então, outras organizações profissionais têm tido uma visão mais crítica sobre o exame de PSA.
No mês passado, o Colégio Americano de Médicos afirmou que homens entre 50 e 60 anos devem ter seus cuidados baseados no risco de desenvolver câncer de próstata (histórico na família, como pais e irmãos), na condição geral de saúde e nas preferências individuais de tratamento.
Características e números
O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, pois três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil esse tumor é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do de pele não melanoma.
No mundo, é o câncer mais prevalente no sexo masculino (10% dos casos) e o sexto mais comum entre todos os tipos e sexos. Nos países desenvolvidos, a taxa de incidência da doença é seis vezes maior em comparação às nações em desenvolvimento. Essa diferença, na opinião dos médicos, pode ser explicada pela existência de métodos de diagnóstico mais avançados, por um maior acesso à informação e pelo aumento da expectativa de vida da população.
Alguns tumores de próstata crescem de forma rápida e se espalham para outros órgãos, podendo até matar. A maioria, porém, cresce lentamente – leva até 15 anos para atingir o tamanho de 1 cm³ – e não chega a ameaçar a saúde do paciente. Se for detectado no início, esse câncer tem altas taxas de cura.
Nos EUA, 239 mil homens devem ser diagnosticados com a doença este ano, e cerca de 30 mil morrerão, segundo a Sociedade Americana de Câncer.
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