Para não causarem problemas de saúde, os fones de ouvido devem utilizados por certo período de tempo e em volume adequado.
Certamente, em algum momento da vida,
quase todo mundo já fez o tradicional teste das
letrinhas para verificar se está enxergando direito.
Mas será que essas mesmas pessoas já fizeram
algum teste para saber se estão escutando bem? Ao
contrário do que ocorre com a visão, quando
geralmente o enfermo é o primeiro a notar algo de
errado, os problemas de audição costumam ser
percebidos de imediato por quem convive próximo a
essas pessoas, e não por elas mesmas.
Se
as pessoas próximas reclamam do volume da TV alto
demais ou que, ao invés de falar, a pessoa grita,
esses podem ser um indício de que existe algum
problema. “Quando se torna difícil acompanhar
uma conversa em um lugar que haja barulho, principalmente
com mulheres ou crianças, que em geral possuem vozes
mais agudas, ou não costuma escutar quando a
campainha ou o telefone tocam, esses são outros
sinais de que algo pode estar errado. O ponto em comum nas
situações descritas: você ouve, mas
não consegue entender direito o que escutou. Pode ser
esse o início da surdez”.
Hábitos comuns, como a
utilização constante de fones de ouvido, podem
prejudicar a audição e fazer com que os
problemas no ouvido sejam percebidos e detectados ainda mais
cedo. Há tempos, grande parte de pessoas que sofriam
com a perda de audição e seus sintomas, como
zumbidos, eram pessoas mais velhas, porém, com o
advento dos fones de ouvido, posicionados no canal auditivo,
isso está mudando – e se tornando um problema
tanto para os indivíduos quanto para a saúde
geral da população.
É preciso conhecer
os tipos de fones de ouvido antes de usá-los.
“O Earbud, é aquele que fica preso dentro da
orelha, mas fora do canal auditivo. Ele não libera
toda a sua frequência em volumes baixos – logo,
é comum usá-lo nos volumes mais altos. Os
fones intra aurais são aqueles introduzidos no canal
auditivo. Reduzem o ruído externo, proporcionam uma
maior fidelidade sonora e são usados em volumes menos
intensos. Já os supra aurais são maiores,
possuem uma haste que fica posicionada por cima da
cabeça e têm uma almofada, que propicia
excelente isolamento acústico, fidelidade sonora e
conforto. São os preferidos por profissionais da
música, mas não muito práticos para uso
em ambientes abertos”, explica ela sobre os diferentes
fones de ouvido.
Prova de que esse é um problema crescente entre os jovens, em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, mais da metade dos adolescentes entrevistados se disseram “dependentes” de fones de ouvidos, e coincidentemente ou não, todos apresentaram três dos principais sintomas de perda de audição: ouvir constantemente zumbidos, aumentar o volume da TV e do rádio e dizer “Hein!?”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos.
Além dos sintomas citados anteriormente, algumas pessoas sofrem ainda com o surgimento de dores de cabeça em excesso, irritabilidade, dificuldade de concentração. Para evitar esses problemas, a especialista sugere algumas soluções para o uso correto dos fones de ouvido. “Fique atento. Nem sempre o mais caro é o melhor, mas fones com melhores componentes internos são mais caros e resultam em melhor fidelidade sonora - e aqueles muito baratos são certeza de uma experiência pouco confortável. Teste os fones antes de comprar. Priorize o conforto, escolha fones com design ergonômico que não incomodem depois de pouco tempo de uso.Um bom fone de ouvido deve proporcionar qualidade sonora, ter bom preço e ser confortável e adequado ao tipo de uso. Use os fones por no máximo uma hora, em até 60% do volume do aparelho (MP3, celular, IPod) seguido de um período de repouso acústico” .
“O dito popular já fala: ‘tudo o que é em excesso faz mal’, e com os fones de ouvido não poderia ser diferente. Se usado corretamente, por períodos não muito longos e em um volume que você, e apenas você, consiga ouvir claramente, sem afetar a audição de pessoas ao seu lado, não há problema algum em fazer uso desse acessório”.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães
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