Entenda a intolerância a lactose
A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir o açúcar do leite. A lactose é o açúcar natural existente no leite e derivados e precisa ser digerida por uma enzima chamada lactase, transformada em glicose e galactose antes de ser absorvida e aproveitada pelo organismo. Se a pessoa não tem enzimas suficientes para digerir a lactose dos alimentos que ingere, sentirá uma série de desagradáveis sintomas como gases, distensão abdominal, diarréia e cólicas após a ingestão de alimentos que contenham lactose. Isso ocorre porque a lactose não absorvida passa pelo cólon, onde é consumida por bactérias. Os subprodutos da atividade bacteriana são gases como o hidrogênio e o metano, que são responsáveis pelo desconforto. A doença pode ser diagnosticada pela medição da quantidade de hidrogênio exalado antes e depois da ingestão de lactose. Uma quantidade excessiva de hidrogênio confirma a intolerância à lactose. Com exceção de algumas plantas não-comestíveis, o leite é a única fonte de lactose. Após o desmame, os seres humanos deixavam de ter contato com a lactose; portanto, não precisavam mais da lactase, a enzima que digere o açúcar no trato digestivo.
Como surge a intolerância a lactose
Com
a evolução do homem, a lactase foi programada para desaparecer à medida
que o leite fosse gradualmente eliminado da alimentação da criança. Os
adultos que conseguem digerir leite são uma minoria na população
mundial; 70% da população de origem africana ou asiática apresenta
intolerância parcial ou total à lactose a partir dos 4 anos. Por outro
lado, 90% dos povos do norte da Europa continuam a produzir lactase.
Este traço genético provavelmente permitiu a seus ancestrais absorver
cálcio extra em um hábitat com pouca luz solar para ajudar a desenvolver
a vitamina D na pele. A intolerância temporária ou permanente à lactose
pode ocorrer após uma doença que afete as paredes internas do intestino
como doenças gastrintestinais, doença celíaca ou inflamações
intestinais. Também pode surgir após tratamentos com antibióticos ou
medicamentos antiinflamatórios. Em alguns casos, a intolerância é
transitória e desaparece quando o intestino saudável volta ao normal. Em
outros, a intolerância à lactose é uma “intolerância limítrofe”. Isso
significa que você pode digerir pequenas quantidades de lactose, porém
doses maiores podem causar problemas.
A
lactose é encontrada em laticínios, incluindo leite, iogurte e queijo.
Também pode ser encontrada como um ingrediente presente em vários
produtos alimentícios como biscoito, pães e carnes processadas,
salsichas, alguns adoçantes artificiais e até certos medicamentos. Leia
os rótulos dos produtos cuidadosamente e procure descobrir se contêm
leite, leite em pó, creme, soro de leite, sabores de queijo, coalho e
leite em pó desnatado.
Consuma pequenas quantidades de laticínios
A
maioria das pessoas com intolerância à lactose pode consumir leite sem
problemas. Também podem consumir sem problemas laticínios pasteurizados,
como iogurte, porque as bactérias empregadas na fermentação usam quase
toda a lactose como combustível. Para pessoas com intolerância maior,
que ainda assim querem comer laticínios, as lojas vendem produtos com
baixo teor de lactose, e as farmácias oferecem enzimas em gotas que
podem ser adicionadas ao leite, ou cápsulas de enzimas que podem ser
ingeridas antes da ingestão de laticínios.
Fonte: Seleções
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