5.09.2013

VOCÊ SENTE DOR QUANTO TEM RELAÇÕES SEXUAIS?


Você sente dor quanto tem relações sexuais?
Se você faz parte deste grupo de mulheres que sente mais dor do que prazer na relação sexual, saiba que isto não é normal, mas a doença tem cura!

Apesar de ser muito comum, principalmente depois dos 40 anos, poucas mulheres têm coragem de assumir o problema: sentem dor durante a relação sexual. O prolapso genital, nome cientifico do distúrbio, atinge duas em cada dez mulheres e pode ser a causa de algumas doenças, como a incontinência urinária.

Popularmente conhecido como 'bexiga caída”, o prolapso genital é caracterizado pela queda da parede da vagina, consequência do enfraquecimento dos músculos da região pélvica, causando o deslocamento de órgãos como útero, bexiga, reto, intestino delgado e uretra.

“Existem quatro graus de prolapso. Nos mais graves, a mulher sente uma bola na região genital, que causa enorme desconforto e constrangimento. Mulheres com prolapso passam a evitar seus parceiros, já que, além da vergonha, o ato sexual pode se tornar doloroso. A doença também prejudica a qualidade de vida, uma vez que causa a perda involuntária de urina”, explica a ginecologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e especialista no assunto, Silvia Carramão.

Apesar de frequente, muitas mulheres ainda desconhecem o problema. “É comum elas sentirem vergonha de pedir ajuda ou acharem que é normal, consequência da idade. Algumas apenas buscam tratamento quando o prolapso está bastante avançado”, explica.

O diagnóstico do prolapso é clínico e sua ocorrência está relacionada a múltiplos partos normais ou gravidez, obesidade, menopausa, cirurgias abdominais ou vaginais prévias, envelhecimento e algumas doenças musculares, neurológicas e genéticas. “Estudos mostram que, a cada década de vida, dobra a chance da mulher apresentar o prolapso genital, sendo que 11% das mulheres até os 70 anos precisarão de tratamento cirúrgico", explica.

Quem pode apresentar o prolapso genital

A doença também atinge mulheres jovens, mas é mais comum a partir dos 40 anos principalmente em:

- Mulheres que tiveram mais de uma gravidez ou partos normais
- Após a menopausa
- Mulheres com diabetes, sobrepeso ou com algumas doenças musculares, neurológicas e genéticas
- Cirurgias anteriores
- Histerectomia (retirada do útero)
- Envelhecimento
- Genética
- Etnia

Sintomas

- Desconforto na região genital
- Sensação de saliência na vagina
- Perda involuntária de urina
- Dificuldade ou dor nas relações sexuais

Tratamento

O tratamento varia de acordo com a intensidade. Nos prolapsos mais leves, são indicados exercícios para a região pélvica e, nos casos mais avançados, é necessário o tratamento cirúrgico. A operação pode ser tradicional, para restaurar a anatomia normal, ou com a utilização de malhas sintéticas, por via vaginal ou laparoscópica, que corrigem os defeitos do assoalho pélvico, fortalecendo a região, com taxas de eficácia superiores a 90%.

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