Ele também é investigado por homicídio, envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
por Leonardo Barros
RIO - Com dois mandados de prisão preventiva expedidos com base em acusações
de estupros, o pastor Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos
Dias, foi preso na Rodovia Presidente Dutra, em São João de Meriti, Baixada
Fluminense, na noite desta terça-feira. Policiais da Delegacia de Combate às
Drogas (Dcod) realizaram a prisão quando o
pastor estava em seu carro, um Passat branco,
indo para o seu apartamento, na Avenida Atlântica, em Copacabana. A
investigação, que durou um ano, ainda aponta a participação de Marcos Pereira em
mais quatro estupros, quatro homicídios, além de envolvimento com tráfico de
drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Esses últimos três
crimes baseados em denúncias do coordenador do Afroreggae, José Júnior.
Os mandados foram decretados pelos juízes Richard Fairclough, da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, e Ana Helena Mota Lima, da 2ª Vara Criminal da mesma comarca, na última quinta-feira. De acordo com informações da Dcod, o pastor realizaria 'orgias' no apartamento de Copacabana, avaliado em R$ 8 milhões. A maior parte das vítimas seria fiéis da igreja, chamadas até o local para a realização de cultos, em que Marcos Pereira, com ações violentas, obrigava as mulheres a fazerem sexo com ele e com outros homens da igreja. Também haveria sexo de mulheres com mulheres e homens com homens.
Das seis vítimas, três teriam sido atacadas quando eram menores de idade. Os crimes foram denunciados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Uma jovem relatou que foi estuprada pelo pastor dos 14 aos 22 anos. Em um dos seis casos de estupro, a vítima seria a sua própria ex-mulher, Ana Madureira da Silva, que também revelou ter sofrido abuso sexual. Os dois ficaram casados até 1998.
Um dos homicídios que o pastor está sendo acusado seria de uma jovem que descobriu as 'orgias' e teria tentado fazer denúncias. De acordo com o delegado da Dcod, Márcio Mendonça, um sobrinho de Marcos Pereira também está envolvido no assassinato.
O pastor não possui formação em teologia e, por isso, deverá ser encaminhado, nesta quarta-feira, para uma prisão comum no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A Polícia Civil vai conceder uma entrevista coletiva para apresentar mais informações do caso.
Seguido por fiéis
Na sede da delegacia, o pastor Marcos Pereira não quis falar com a imprensa. Porém, atendendo ao seu chamado, cerca de 30 dos seus seguidores foram até o local, além de seis advogados. Entre os fiéis, o ex-cantor de pagode, Waguinho, que é missionário da Assembleia de Deus dos Últimos Dias há nove anos. Ao sair da delegacia, Waguinho fez críticas à ação da polícia e às denúncias de José Júnior.
— Ficamos surpresos com a forma em que foi feita a prisão contra uma pessoa que comparece toda vez que é convocada para explicar essas acusações. Foi uma ação, em via pública. São acusações antigas que não há provas. Porém, todos nós aqui sabemos que existe uma guerra pública que foi declarada há cerca de dois anos, pelo José Júnior. O Afroreggae faz as suas ações e gasta milhões. O pastor Marcos Pereira faz o seu trabalho com o amor, sem receber nenhum dinheiro por isso. Quero ver o José Júnior explicar isso — disse Waguinho, defendendo Marcos Pereira:
— Todos que convivem com o pastor sabem que ele é uma pessoa que só faz o bem. O trabalho dele já tirou oito mil pessoas das drogas. Na história, várias pessoas que fizeram o bem já sofreram esse tipo de injustiça. Quem é do bem, conhece quem é do bem — encerrou o missionário, que disputou a prefeitura de Nova Iguaçu, nas eleições do ano passado.
José Júnior, do Afroreggae, elogia polícia por prisão do pastor
O coordenador do Afroreggae, José Júnior, elogiou em seu perfil no Twitter a ação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) pela prisão do pastor Marcos Pereira da Silva:
— Quero agradecer a nova gestão da Dcod pelo excepcional trabalho nessa prisão. Dr. Márcio Mendonça num curto espaço de tempo arrebentou — comentou o coordenador no microblog.
Os mandados foram decretados pelos juízes Richard Fairclough, da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, e Ana Helena Mota Lima, da 2ª Vara Criminal da mesma comarca, na última quinta-feira. De acordo com informações da Dcod, o pastor realizaria 'orgias' no apartamento de Copacabana, avaliado em R$ 8 milhões. A maior parte das vítimas seria fiéis da igreja, chamadas até o local para a realização de cultos, em que Marcos Pereira, com ações violentas, obrigava as mulheres a fazerem sexo com ele e com outros homens da igreja. Também haveria sexo de mulheres com mulheres e homens com homens.
Das seis vítimas, três teriam sido atacadas quando eram menores de idade. Os crimes foram denunciados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Uma jovem relatou que foi estuprada pelo pastor dos 14 aos 22 anos. Em um dos seis casos de estupro, a vítima seria a sua própria ex-mulher, Ana Madureira da Silva, que também revelou ter sofrido abuso sexual. Os dois ficaram casados até 1998.
Um dos homicídios que o pastor está sendo acusado seria de uma jovem que descobriu as 'orgias' e teria tentado fazer denúncias. De acordo com o delegado da Dcod, Márcio Mendonça, um sobrinho de Marcos Pereira também está envolvido no assassinato.
O pastor não possui formação em teologia e, por isso, deverá ser encaminhado, nesta quarta-feira, para uma prisão comum no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A Polícia Civil vai conceder uma entrevista coletiva para apresentar mais informações do caso.
Seguido por fiéis
Na sede da delegacia, o pastor Marcos Pereira não quis falar com a imprensa. Porém, atendendo ao seu chamado, cerca de 30 dos seus seguidores foram até o local, além de seis advogados. Entre os fiéis, o ex-cantor de pagode, Waguinho, que é missionário da Assembleia de Deus dos Últimos Dias há nove anos. Ao sair da delegacia, Waguinho fez críticas à ação da polícia e às denúncias de José Júnior.
— Ficamos surpresos com a forma em que foi feita a prisão contra uma pessoa que comparece toda vez que é convocada para explicar essas acusações. Foi uma ação, em via pública. São acusações antigas que não há provas. Porém, todos nós aqui sabemos que existe uma guerra pública que foi declarada há cerca de dois anos, pelo José Júnior. O Afroreggae faz as suas ações e gasta milhões. O pastor Marcos Pereira faz o seu trabalho com o amor, sem receber nenhum dinheiro por isso. Quero ver o José Júnior explicar isso — disse Waguinho, defendendo Marcos Pereira:
— Todos que convivem com o pastor sabem que ele é uma pessoa que só faz o bem. O trabalho dele já tirou oito mil pessoas das drogas. Na história, várias pessoas que fizeram o bem já sofreram esse tipo de injustiça. Quem é do bem, conhece quem é do bem — encerrou o missionário, que disputou a prefeitura de Nova Iguaçu, nas eleições do ano passado.
José Júnior, do Afroreggae, elogia polícia por prisão do pastor
O coordenador do Afroreggae, José Júnior, elogiou em seu perfil no Twitter a ação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) pela prisão do pastor Marcos Pereira da Silva:
— Quero agradecer a nova gestão da Dcod pelo excepcional trabalho nessa prisão. Dr. Márcio Mendonça num curto espaço de tempo arrebentou — comentou o coordenador no microblog.
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