11.29.2013

Reajuste de 5% na gasolina

Governo adiou decisão para hoje a fim de controlar impacto na inflação

BRASÍLIA e RIO - Se o reajuste da gasolina for de 5%, é possível que o governo continue pressionado pelos acionistas minoritários da companhia a aprovar um novo aumento já no início do próximo ano. Em janeiro de 2013, a gasolina subiu 6,6% e o diesel 5,4%. Confirmado mais um reajuste este ano, ainda não será suficiente para corrigir a defasagem em relação ao preço do petróleo no mercado internacional.
Ao prorrogar a reunião que definiria esse reajuste do último dia 22 para esta sexta-feira, o governo conseguiu reduzir o impacto do aumento da gasolina sobre os preços, uma vez que o período de coleta de informações pelo IBGE para cálculo do IPCA de novembro encerrou na última quarta-feira.
Com isso, o governo conseguirá efetivamente ter um impacto mais controlado do aumento dos combustíveis sobre a inflação oficial, que se concentrará em dezembro, sem impactos indiretos.
Durante as discussões para a aplicação de um segundo reajuste de gasolina e diesel ainda neste ano, o governo deixou claro à Petrobras que só aplicaria uma aumento que coubesse na meta informal do IPCA para o ano, igual ou abaixo de 5,84%. Até outubro, o índice oficial acumula alta de 4,38%.
O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimermann, criticou ontem, durante o leilão da ANP, o conselheiro da Petrobras Sérgio Quintela por ter tornado público, há cerca de dois meses, que a estatal estudava a adoção de uma nova política de reajuste dos combustíveis.
— Acho que o próprio conselheiro não deve se manifestar. A Petrobras é uma empresa com ações em Bolsa, e qualquer declaração tem impacto.

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