Entidade promete dar apoio jurídico para educadora assediada e diz que os textos usados em sala de aula, criticados pelo “viés ideológico”, pecam por fazerem as pessoas pensar
Chico Buarque no clipe da música Tanto Mar, inspirada na Revolução dos Cravos, de 1974
A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do
Centro Paula Souza (Sinteps), Silvia Elena de Lima, classifica como
“ridículo” o episódio de perseguição sofrida por uma professora da Fatec
(Faculdade de Tecnologia de São Paulo) por usar materiais com “viés
ideológico” em sala de aula. A campanha contra ela teve início com a
publicação de um post no blog “Escola Sem Partido”.
No post, a professora de Comunicação e Expressão na Fatec de Barueri, Cléo Tibiriçá, é acusada de colocar em prática um “plano de ensino” para criar “a maior aversão possível a tudo o que não se identifique com uma visão esquerdista ou progressista da sociedade, da cultura, da economia e da história”.
Na lista estão artigos publicados no site de CartaCapital e textos do historiador marxista Eric Hobsbawn, do sociólogo da USP Ruy Braga, do economista Fernando Nogueira da Costa e a música “Tanto Mar”, de Chico Buarque.
“Chamar este material de subversivo é uma das histórias mais ridículas que já ouvi na minha vida”, disse a presidenta do sindicato.
Segundo ela, a entidade considera a campanha contra a professora uma afronta e já cobrou uma atitude da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo sobre o caso. O sindicato pretende também ajuizar uma ação na Justiça por assédio contra a professora.
“A professora está muito assustada”, disse Elena de Lima. Para ela, o material não tinha viés ideológico algum. “Os textos criaram um incômodo porque faz as pessoas pensarem. Não tinha nenhuma leitura proibida. Não tem nada que precisa ser queimado, pelo contrário: são autores de primeira linha, que todos deveriam conhecer”.
No post, a professora de Comunicação e Expressão na Fatec de Barueri, Cléo Tibiriçá, é acusada de colocar em prática um “plano de ensino” para criar “a maior aversão possível a tudo o que não se identifique com uma visão esquerdista ou progressista da sociedade, da cultura, da economia e da história”.
Na lista estão artigos publicados no site de CartaCapital e textos do historiador marxista Eric Hobsbawn, do sociólogo da USP Ruy Braga, do economista Fernando Nogueira da Costa e a música “Tanto Mar”, de Chico Buarque.
“Chamar este material de subversivo é uma das histórias mais ridículas que já ouvi na minha vida”, disse a presidenta do sindicato.
Segundo ela, a entidade considera a campanha contra a professora uma afronta e já cobrou uma atitude da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo sobre o caso. O sindicato pretende também ajuizar uma ação na Justiça por assédio contra a professora.
“A professora está muito assustada”, disse Elena de Lima. Para ela, o material não tinha viés ideológico algum. “Os textos criaram um incômodo porque faz as pessoas pensarem. Não tinha nenhuma leitura proibida. Não tem nada que precisa ser queimado, pelo contrário: são autores de primeira linha, que todos deveriam conhecer”.
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