Ministro da Justiça refutou denúncias de manipulação de documentos
Terra“Acho lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu apenas pelo fato de que existe uma investigação. A maior parte dos países em que houve esse escândalo já investigou, já puniu pessoas envolvidas, o Brasil ainda caminha lentamente. Pedi à Polícia Federal que apurasse, recebi uma denúncia e pedi que avaliasse, nada mais do que isso. Há pessoas que parece que não querem investigar, que querem descontar as coisas”, disse o ministro, acrescentando que ainda hoje anunciará novas medidas sobre o caso.
Na terça-feira, líderes do PSDB acusaram o PT de forjar documentos que foram entregues por Cardozo à Polícia Federal para incriminar os tucanos e atenuar o impacto das prisões de petistas envolvidos com o esquema do mensalão. Alguns dos documentos que vieram à tona agora eram conhecidos do Ministério Público de São Paulo desde 2009.
Em junho, a PF anexou esse conjunto de papéis ao inquérito que investiga a atuação de um grupo de empresas, entre elas a Siemens e a Alstom, que teria combinado preços em licitações do Metrô e da CPTM desde 1998, num período em que o Estado foi administrado por sucessivos governos do PSDB, como Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
"Querem criar uma situação contra quem cumpre a lei e acusar para afastar, para tirar o foco de uma investigação séria. E se alguém pensa que vai intimidar o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, vamos continuar cumprindo, como eu cumpro, a lei que determina investigação criteriosa, imparcial”, disse Cardozo.
Em resposta às acusações, lideranças petistas passaram a acusar os tucanos de antecipar a campanha eleitoral do ano que vem. Ontem, o vice-presidente da República, Michel Temer, criticou o clima de briga política entre os partidos e defendeu a postura de Cardozo.
“(Temer) está correto. Ele é jurista e sabe que o ministro da
Justiça tem o dever de enviar denúncias para serem apuradas. E esse é
meu papel e de qualquer ministro da Justiça que não quer ser um
engavetador com no passado já houve”, disse o ministro.
Uma das principais críticas dos petistas é em relação ao procurador da República Rodrigo de Grandis, acusado de engavetar um pedido de colaboração de procuradores suíços no caso Siemens. Segundo De Grandis, que contou que o documento foi guardado numa gaveta errada e, por isso, arquivado indevidamente, houve uma "falha administrativa" na Procuradoria de São Paulo. O pedido ficou longe do conhecimento do órgão por dois anos e oito meses.
Uma das principais críticas dos petistas é em relação ao procurador da República Rodrigo de Grandis, acusado de engavetar um pedido de colaboração de procuradores suíços no caso Siemens. Segundo De Grandis, que contou que o documento foi guardado numa gaveta errada e, por isso, arquivado indevidamente, houve uma "falha administrativa" na Procuradoria de São Paulo. O pedido ficou longe do conhecimento do órgão por dois anos e oito meses.
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